Apae de Itabira reforça pedido de doações voluntárias para enfrentar crise financeira com a pandemia
Responsável pelo atendimento a 400 assistidos com deficiências intelectuais e múltiplas, entre crianças, jovens e adultos, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Itabira (Apae-Itabira) está enfrentando dificuldade financeira com a queda da arrecadação de contribuições voluntárias com a crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
A entidade recebe contribuições dos governos municipal, estadual e federal para manter parte dos serviços prestados, mas são insuficientes para custear todos os programas de assistência.
“São recursos com finalidades específicas de convênios que não podem ser empregados em outras atividades. A quitação da folha de pagamento, assim como a aquisição de combustíveis e manutenção dos veículos são bancados pelas receitas das doações”, exemplifica a presidente da Apae-Itabira, Maria Raimunda Lacerda Sobrinho.
Custeio fixo
“Mesmo com a pandemia, e com o trabalho remoto de muitos servidores, a Apae tem mantido o serviço responsável pelas arrecadações voluntárias, a TeleApae. “As aulas estão suspensas, mas os gastos com a folha de pagamento e com o custeio são fixos”, diz Natália Duarte, responsável pelo serviço de arrecadação voluntária.
“Fazemos apelo aos doadores que têm condições para que não deixem de contribuir e não cancelem as doações”, é o apelo que faz a servidora, que lamenta a ocorrência de muitos pedidos de cancelamento de doações em decorrência da crise financeira que o país enfrenta com a pandemia.
A situação é tão grave que a supervisora do setor financeiro, Karine Silva, adianta que no próximo mês a entidade terá dificuldade para quitar os seus compromissos. “Mais do que nunca necessitamos dessas doações”, diz ela, que faz apelo aos empresários e doadores individuais para que não cancelem as contribuições voluntárias.
Assistência
A fisioterapeuta Sayonara Reis ressalta que muitos assistidos apresentam comorbidades, com duas ou mais doenças associadas, o que os tornam mais propensos a desenvolverem a forma grave da doença. Para esses assistidos, está sendo dada assistência remota, com a equipe disponível para orientar os familiares.
Da mesma forma está funcionando o departamento social da Apae. Com ele, é mantida a assistência social de plantão, procurando orientar os familiares como ter acesso à renda básica emergencial, assim como explica como é a flexibilização da cobrança da conta de energia elétrica para os beneficiários da tarifa social. “Estamos atendendo e orientando os familiares pelo telefone”, assegura Priscila Oliveira, responsável pelo Departamento Social.
Para tirar a Apae-Itabira da crise financeira, a presidente Maria Raimunda confia na solidariedade humana. “Sou testemunha do carinho que os itabiranos têm com a Apae. Já passamos por muitos momentos ruins e vencemos todos.”
Ela faz apelo para que novos doadores individuais e empresariais possam participar e ajudar a entidade vencer mais essa crise em sua história.
Serviço
Para fazer doações e ajudar a Apae sair da crise ligue 31 38340101.
Ou faça a doação por meio de depósito bancário:
Banco do Brasil
Agência: 0767
Conta: 600466
CNPJ: 18.299.346-0001-44
O prefeito de Niterói, Rodrigues Neves (PDT), ao receber em 2018, os royaltes da produção do Pré-Sal do Campo Lula poupou parte do recurso para emergências. Se Itabira fizesse uma reserva prudente com os royates do minério, a APAE não estaria no sufoco financeiro. É uma vergonha não assistirem a APAE. Cadê a Prefeitura? Cada a Vale S/A? Cadê a mineradora Belmomt ,dos Ribeiros?