Alquimistas das eleições norte-americanas e a máquina da guerra
Veladimir Romano*
Se entende, ainda que a distância marque longas milhas, automatismos aos quais certas sociedades através de soberbas ostentações, igualmente aqui e de forma bem exibicional, procurem manifestar seu poder, luxo, consistência daquilo ao qual o convencionalismo chama de “tradicional”.
O sistema decorativo da eleição presidencial nos EUA, desenhado e pictoricamente condicionado, entregue ao simultâneo ornamental numa inspiração decorativa; poderemos então comentar como a noite alquimista das convenções, o elo embrião abrigo desta liturgia polimétrica em monomania política, infiltra-se além fronteiras com todas as energias capaz de nos enfeitiçar.
Uma injunção de poderes [sejam permitidos membros observadores], conforme realização do nosso suposto julgamento, a importância do fenômeno tão político como social, superior matéria pelo que os sistemas, na sua maioria no continente americano, são de ordem presidencialista.
Evidenciam também relações com o passado recente quando ainda colônias virando repúblicas, ganhando seu legítimo estatuto de nações livres, construindo novos caminhos nem sempre com liberdade plena, porém, servindo de cobaias ao longo de gerações vendo opções políticas serem barradas por interesses alheios [fugindo a causa], morreram verdadeiras liberdades.
Essa liberdade do mais se preze, depois das independências, a liberdade nua e crua sentida na pele, corpo e almas conscientes prontas defendendo… foi simplesmente engolida, precisamente como resultado de uma suposta magia, o precioso patriotismo enganador de alguns, atrasou o processo de outros.
No essencial, implicando a concepção idealista dos povos entre sua psique e existente consciência coletiva; explicando autonomia temporal, depois, a cada período estipulado pelo sistema dominante, renascendo refluxos imersos formulados dessa mesma imaginação alquimista, projetando sempre dois partidos para transformações de lideranças em poder absoluto não faltando teorias conspiratórias como alimento elitista.
No máximo, o que se consegue é criar confusão como apanágio das convenções norte-americanas, estratégias influenciadas ao ritmo preciso do Estado vigilante, provocador, sugerindo histerias dentro de uma ordem anestésica, preparando vizinha catalepsia, fixação a um fim, dividindo o Poder e a força-bruta, ganhando esse produto como uma “neurose experimental”.
A verdadeira liberdade, depois de tudo, é apenas a do dinheiro; ações de hipnose alquimista consentindo argumentos onde a Convenção é o simulador terapêutico bastante eficaz.
Feito o diagnóstico psico analítico casando compromissos, renascendo então uma democracia entorpecida sustentando qual simulação, quiçá “normal”, que ao espontâneo engana, logo a força determinante dos EUA, marcaram estes domínios.
A intensidade e o fulgor provocando deflagrações, revelam como o processo vai servindo e atingindo sua finalidade com efeitos práticos controlando grandes massas permitindo esse domínio psicológico onde a verdadeira produção política, o debate social, a estratégia permitindo e abrindo reformas sociais clarividentes, se condicionam, antes sobrevivem hostilidades quando o jogo é também o “admirável” mundo materialista.
Eliminam tudo quanto de mais humano existe: o amor e a paixão pelo trabalho, progresso livre dos povos sem domínios externos nem internos boicotando interesses nacionais, quebrar monopólios estranguladores, lutar contra imobilização racial…
É quando a ilusão vira membro suspeito, embuste provocador de futuras instabilidades, onde alguns conseguem dominar os restantes lutando para eliminar pobreza, mais interessados na solução dos problemas diários para que não permaneçam crônicos.
Não fica mal, eleitoralmente, quando presidentes norte-americanos afirmam nas campanhas: “America First” [América Primeiro]. Sim, mas que não seja desgraçando os outros.
Exemplos como o presente onde mais 30 milhões de trabalhadores sem emprego representam a vacilação dos impactos perante o mercado dependente das ações dos líderes e governos sobre qual se vê a nova situação do mercado norte-americano.
Em julho, 14,7% de desempregados, agora 8.4% com acréscimo ou não. A crise é real, vai mexendo com a economia, entretanto sempre puxando a mesma truculência, fabricando birras metendo a serviço velhas táticas aplicadas em outras ocasiões e, num ápice de tempo vários conflitos tomam conta do mundo.
A maravilha mágica das convenções norte-americanas, onde o próximo capítulo tem seu depósito numa casa branquela comandando o mundo, a força ritualista das convenções podem muito bem enganar quem pensa que esta democracia, que está na ordem do dia, é panaceia geral.
Na velha Grécia ou no Império Romano, as crises igualmente se resolviam levando guerra aos vizinhos. Em Antígona, na velha sociedade grega, Sófocles, dramaturgo, poeta e filósofo, ele nos deixou do seu sábio dizer, aquilo que representa nas suas palavras, a última estrofe do
“HINO ao HOMEM”
“Sob tetos, se abriga a friagem;
sob tetos, das chuvas inclementes…
E vede: o pensamento, a linguagem
sua conquista são exclusivamente.
É o Ser dos recursos infindáveis:
até contra o futuro se faz forte;
e cura-se de males incuráveis…
Aquilo que o detém?
Somente a Morte.”
*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.
como pode um país tão atrasado culturalmente – o que de melhor é jazz, que não é branco – dominar o mundo.
Os EUA, juntamente com Israel são países belicosos insaciáveis. E nós aqui do Brasil não precisávamos estar submisso aos facínoras.