“Ainda Estou Aqui” lidera bilheteria e arrecada mais de R$1 mi na estreia nacional nessa quinta-feira (7)

Foto: Divulgação

Longa nacional candidato ao Oscar chegou às telonas nesta quinta-feira (7) e desbancou grandes nomes internacionais, como “Venom 3”

Difícil encontrar um brasileiro que não se lembre da emoção de ver Fernanda Montenegro concorrendo ao Oscar. E agora, 25 anos depois, a sensação se repete com Ainda Estou Aqui, longa estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação de Fernanda Montenegro, candidato brasileiro à maior premiação do cinema mundial.

Se a ansiedade pelo Oscar está alta, a espera para assistir ao filme acabou: a produção estreou nessa quinta-feira (7) e liderou a bilheteria do Brasil, arrecadando mais de R$ 1 milhão, de acordo com dados da  Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex).

O público na estreia foi de quase 50 mil pessoas, desbancando grandes nomes internacionais, como Venom 3 – A Última Rodada, segundo colocado na bilheteria, que levou 35 mil pessoas às salas de cinema.

“É muito gratificante ver um filme nacional performando tão bem, com uma campanha de divulgação elaborada e potencial de adesão de público. Temos plena convicção de que o sucesso do filme brasileiro é fundamental para o desenvolvimento e a sustentabilidade do parque exibidor”, afirma o presidente da Abraplex, Marcos Barros, que anuncia para dezembro a estreia de O Auto da Compadecida 2’, que também dever ter desempenho excepcional.

“Esperamos que em 2025 o filme brasileiro volte a superar os 15% de market share”, é aposta que faz o executivo da Abraplex, que, no entanto, faz uma ressalva: “Apesar de 2024 ter começado de maneira positiva, com os longas nacionais arrecadando mais de R$ 6 milhões de bilheteria no primeiro trimestre , dobrando em apenas 3 meses o total registrado em 2023, o desempenho nos demais meses não tiveram o mesmo resultado.”

Segundo ele, isso decorre de uma questão que há tempos é debatida pelos profissionais da exibição: a necessidade de uma política de fomento adequada, que privilegie também o sucesso comercial dos conteúdos produzidos por meio de Leis de Incentivo, e não somente a quantidade de títulos, sem nenhum comprometimento com o retorno do patrimônio público investido.

“Em 2023, 13% de todas as sessões exibidas nos cinemas do Brasil foram de filmes nacionais. Porém, infelizmente, o market share ficou perto de 3%. Ou seja, os cinemas têm oferecido uma boa cobertura de salas, oferta adequada de sessões para os filmes nacionais, além de promoções para incentivar o público a comparecer aos multiplex. Algumas redes, inclusive, realizam ações focadas na venda de ingressos para os filmes brasileiros. Mas é preciso que essa iniciativa seja conjunta, com longas com mais apelo comercial e maior aderência ao perfil do consumidor”, reivinda o presidente da Abraplex.

Sobre a Abraplex

Criada em 2000 com o objetivo de representar institucionalmente as exibidoras detentoras de multiplex no País, a Abraplex tem dois importantes propósitos que norteiam seu compromisso com associados, mercado e sociedade:

Ampliar significativamente o número de municípios com telas, democratizando o acesso à cultura e entretenimento, e rever a regulamentação do setor.

Mais de 50% do total de salas em funcionamento no Brasil são de associados da entidade, representando 65% da bilheteria nacional.

 

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