A Semana futurista de Miguel Urbano ou As Excelências do Guaraná Antarctica
Theatro Municipal de São Paulo na década de 1920 – Foto: Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Por Márcio Sampaio
Capítulo I – Beba Guaraná
Miguel Urbano não tinha o que comer, as máquinas lhe roubaram o emprego. Os filhos amarelos, barriga enorme, choravam dependurados na saia da mulher e a mulher a dependurada nele, “dê um jeito, não é possível mais esta situação”.
Fechou os olhos; depois, pra não ver mais os meninos dependurados na sala da mulher e a mulher gesticulando, espalhando as moscas, os meninos e o cachorro dependurado na camisola do caçula.
Fechou os olhos, os ouvidos, o nariz, mergulhando o pensamento num tempo novo em que todos eram saudáveis, felizes e silenciosos, mercê da boa safra do café, ou da boa produção das fábricas.
Miguel Urbano sentiu raiva e tristeza, e a dor que há muitos dias o implicava vertendo bile no estômago fez com que ele destampasse as vias do sentido, num gesto brusco e desse um salto para a realidade, um bruto salto, um pulo enorme e definitivo para além da porta, para a rua enlameada.
Começou então uma corrida que, naquele momento, lhe parecia não ter mais fim, No entanto, ia com ele um cansaço de trinta e sete anos, ao sentimento de frustração pelo sacrifício do estudo na escola na escola noturna, os anos no emprego sem faltar um dia, e posto pra rua por causa da greve, e toda a gritaria espantada da mulher, dos filhos e do cachorro, reclamando a comida que já começava a faltar.
Era isso que mandava ele parar, e ele foi desistindo aos poucos da correria eterna, à medida que pensava nas coisas e coisinhas deixadas em casa, a mulher, os filhos, o cachorro, a binga e a bagana.
E, junto à passagem de nível, na hora em que o trem despontava na curva, sossegou o corpo à margem da linha. Era não só a fome, mas uma sede insidiosa, sub-reptícia, uma sede de coisa nova, um novo gosto ausente da boca e um sono mais longo, mas não eterno.
O trem passava diante dele, vagarosamente, cantando e resfolegando. Miguel Urbano atravessou depois a linha e seguiu em passos lentos pela rua, chutando galhos podres e bolas de jornal com as notícias de festas, assassínios, adultérios e o rèclame do melhor guaraná do mundo.
Capítulo II – Notícia Alvissareira
Miguel Urbano pegou a folha de jornal para se distrair. Leu o anúncio do Guaraná em que se provavam as excelências da nova bebida que não contém álcool, a delícia para o verão.
Noutra folha, notícias sem interesse, que ele ia lendo pra desafogar as mágoas: – Diversos intelectuais de S. Paulo e do Rio, devido à iniciativa do escritor Graça Aranha, resolveram organizar uma semana de arte moderna, para o nosso meio conhecer escultura, pintura, arquitetura, música e literatura, sob o ponto de vista rigorosamente atual.
– A comissão que patrocina esta inciativa está assim organizada: Paulo Prado, Alfredo Pujol, Oscar Rodrigues Alves, Numa de Oliveira, Alberto Penteado, René Thiollier, Antônio Prado Júnior, José Carlos Macedo Soares, Martinho Prado, Armando Penteado e Edgar Conceição.
– Assim será aberto o Theatro Municipal durante a semana de 11 a 18 de fevereiro próximo, instalando-se ali uma curiosa e importante exposição para a qual concorrem os nossos melhores artistas modernos.
– Os programas até agora contam com os seguintes nomes:
Música – Villa-Lobos, Guiomar Novaes, Paulina D’Ambrosio, Ernani Braga, Alfredo Gomes, Frutuoso Viana, Lucília Villa-Lobos.
Literatura – Mário de Andrade, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreyra, Elysio de Carvalho, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Renato Almeida, Luiz Aranha, Ribeiro Couto, Deabreu, Agenor Barbosa, Rodrigues de Almeida, Afonso Schmidt, Sérgio Milliet, Guilherme de Almeida, Plínio Salgado.
Escultura – Victor Brecheret, Hildegardo Leão Veloso, Haarberg. Pintura – Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Ferrignac, Zina Aita, Martins Ribeiro, Oswaldo Goeldi, Regina Graz, John Graz, Castello e outros.
Arquitetura – A. Moya e Georg Przurembel.
– A parte literária e musical será dividida em três espetáculos, contando com o prestígio de Graça Aranha, que fará uma conferência inaugurando a semana de arte moderna.
A parte musical, além de apresentar a São Paulo o extraordinário compositor Villa-Lobos, que traz do Rio o seu Quinteto, tem o apoio da gloriosa intérprete Guiomar Novaes.
Capítulo III – O Enterrado vivo?
Aquelas notícias de festa de gente rica, não diziam nada pra ele, lhe davam um pouco de raiva. Mas o anúncio do tal Guaraná Antarctica, continuava martelando forte na sua cabeça.
Procura-se homem magro, de boa aparência, para trabalho fácil, bem remunerado…
Miguel Urbano não tinha outro jeito senão aceitar a proposta. O sono demorado, mas não eterno, a barriga por uns momentos cheia, a promessa de dias melhores para a família.
Se não era o ideal, porque sonhava era ser dono de cafezal e do ouro, era pelo menos uma situação melhor do que a de agora. Haveria um silêncio, os meninos estariam calmos no terreiro e a mulher, antiga costureirinha, poderia voltar a costurar suas camisas e pregar-lhe os botões nas calças.
Valia a humilhação: Apresentou-se no escritório e foi submetido a uma rigorosa inspeção.
“Este não é o homem amarelo pintado pela moça futurista?”
Os homens riram. Não tinha importância, haveria de ganhar boa cor, ser dono de cafezal. Ele não entendia da moça futurista, sabia que era humilhação pra ele.
Mas não tanta quanto a fome que sentia. Um bom almoço, um bom jantar, o cheiro do café, isto não seria humilhante, valeria todas as humilhações passadas e presentes.
“O senhor vai ficar deitado num caixão, exposto durante uma semana na vitrine principal do Mappin, para que os transeuntes possam te ver. Terá como refeição, apenas copos do Guaraná Antarctica. Está entendendo?
Deram-lhe para provar a bebida. Era meio esquisita, doce, borbulhante, o gás ia fazer cócegas no nariz. Era gostosa. Deve ter feito uma cara engraçada de espanto. Não pôde evitar um espirro e o estrondo de um arroto. O pessoal riu.
Explicaram-lhe: Vamos provar que uma pessoa pode ficar uma semana se alimentando exclusivamente do nosso Guaraná, e se sentir bem-disposto, cheio de energia. Era um desafio e tanto. Não tinha como rejeitar a proposta. No fim ganharia uns bons tostões.
Coragem! – pensou com firmeza, lembrando dos filhos e da mulher.
Aceitou.
Arrumaram-lhe então para parecer pessoa de bem. Um banho quente como havia tempos não tomava, com sabão perfumado. Roupas novas, chics, confortáveis. Na vitrine do Mappin, as cortinas baixadas, o cenário já estava armado. Na fachada do prédio grandes cartazes anunciando o Guaraná, e o desafio.
Arrumaram-lhe tudo muito bonito, como se fosse um quarto de senhor de café. Sua roupa era como a dos Prados, até o chapéu e o sapato de verniz. Só a cama era diferente. Urbano duvidava que os ricos dormissem em caixões acolchoados de plumas. E o quarto, na vitrine aberta para a Avenida, devassado ao olhar dos passantes, dos curiosos que enfiariam a cabeça sem-cerimônia, o riso, a casquinada, o deboche.
Que diriam? Não importava. Seu nome nos jornais, seu retrato, a história do homem que tomou um copo do Guaraná Antartica e jejuou sete dias. As pessoas começaram a apinhar diante da vitrine para ver o que estava acontecendo.
No primeiro gole, quase se engasgou. O fotógrafo estourou a máquina, num raio explosivo. Mas, na segunda tentativa, e liquido doce e fluido escorregou fácil para o estômago. Quando se deitou, sob os aplausos gerais, sentia-se bem. Na boca, permanecia o gosto diferente, doce, gasoso, do Guaraná da Antarctica.
No primeiro dia a visitação foi intensa, dentro da loja e na calçada, diante da vitrine: crianças e velhos, madames de alto trato apoiadas nos braços de cavalheiros bem-vestidos, rapazes de bigodes finos e mocinhas sapecas numa parolice sem fim, camelôs, gente pobre, trabalhadores correndo apressados pra pegar serviço.
Numa mesa, forrada com toalha rendada, um jarro de rosas amarelas, as belas garrafas verdes com o rótulo dourado do Guaraná Antarctica brilhavam sob intensa luz, ofuscando os olhos do pobre Miguel Urbano.
Contudo, ele se sentia feliz, docemente pousado no colchão de plumas, só o caixão lhe desagradava um pouco, pensando em como se sentiria a noite, sozinho, almapenada.
(Haveria uma trégua três vezes ao dia. Descidas as cortinas, podia levantar-se, esticar-se, ir ao banheiro estrategicamente instalado ao lado).
Ao anoitecer, a visitação diminuiu sensivelmente e era isso que Urbano temia. Agora quase que só passavam homens de negócios a espiar num relance, sem parar para um exame mais demorado.
E era quase um silêncio de eternidade quando começou um ruido manso vindo lá de longe e aos poucos se aproximando numa alegre algazarra. Damas e cavalheiros vinham vindo, e conversando e rindo pararam junto à vitrine.
Uma das moças espantou-se ao vê-lo, todos chegaram mais perto, analisando a cena inesperada. Urbano sentiu, de imediato, que não se tratava de simples almofadinhas bem-vestidos e de mulheres de rua.
Seriam, talvez, filhos dos ricos senhores de café, em véspera de partir para o velho mundo como anunciava o jornal. Fez um esforço maior para entender o que, animados, diziam. As vozes coavam pelas janelinhas abertas no alto da parede de vidro.
Capítulo IV – Discurso da costureirinha e outros discursos
Vestido de branco, moreno, alto, riso largo sobre o queixo alongado, voz macia e mãos delicadas, o rapaz falava, centro de todas as atenções:
– Morrente chama engalga, mais morte inda no espírito! Espírito de fidalgo que vive num bocejo entre dois galanteios, e de longe em longe, uma chávena de treva bem forte! Mulher mais longa que os passos alucinantes das torres de São Bento! Mulher feita de asfalto e de lama de várzea, todo insulto nos olhos, toda convites nessa boca de rubores! Costureirinha de São Paulo, ítalo-franco-lusobrasilico-saxônica, gosto de teus ardores crepusculares e por isso mais ardentes, bandeirantemente…
Aplausos.
A mocinha junto do altão falador baixou a cabeça, rindo, os outros riam também, a costureirinha de chapéu respondeu coisas inaudíveis. Miguel Urbano fechou os olhos, de pejo. – Gente louca – pensou. Como é que se pode dizer coisas assim e todos acharem graça?
Loucura, loucura… Vai ver que são os tais de futuristas… A costureirinha, respondendo a um outro senhor, começou a contar seus casos. Urbano entendia? Nada. Era um emaranhado de palavras pastosas misturando na sua cabeça com um tremor e um frio mortais.
– O professor começou perguntando se eu não tinha medo da morte. Disse que não. Pregou-me um valentíssimo susto num barco que levou para perto dos rochedos em alto mar. Voltou satisfeito e me ensinou a esticar uma tela convenientemente num chassi e disse: você pode pintar. A vontade?
Naturalmente. Entrei em pleno idílio bucólico. Eram telas e telas, era a tormenta, era o farol, eram as casinhas de pescadores escorregando pelos morros, eram as paisagens circulares, o sol, a lua, o mar.
Neste ano e meio de minha vida, conheci muita gente interessante. Os modernistas franceses procuravam refúgio contra a guerra e a fome nos Estados Unidos: Croti e sua esposa, Juan Gris e o bonito Marcel Duchamp que pinta sobre enormes placas de vidro.
Pela manhã os artistas visitavam nosso professor, o filósofo Homer Boss. Todos eram benvindos. Isadora Duncan com suas meninas aparecia, e às vezes vinha um homem russo, reservado, que nos constrangia. Era Máximo Gorki.
Liamos Jean Cristophe, Selma Langerlof e descansávamos felizes nos poemas persas e hindus. Mas de um dia para o outro me vejo em São Paulo. Voltei sem dúvidas nem preocupações, em pleno idílio pictórico.
Durante esses anos de estudo, pintara somente por causa da cor. Devo confessar, não fora pra iluminar a humanidade, não fora pra enfeitar as casas, nem fora pra ser artista…
Quando viram as minhas telas, acharam-nas feias, dantescas, e todos ficaram tristes. Não eram os santinhos de colégio. Guardei as telas. Alguns jornalistas pediram-me pra ver os quadros tão malfeitos e acharam que eu deveria fazer uma exposição.
Capítulo V – Tremor de terra e outros tremores
A fome era grossa, havia o incômodo de estar ali deitado o dia todo, olhado, fotografado, chacoteado, Miguel Urbano lamentava já aquela imobilidade confortável.
Finalmente baixaram as cortinas. Somente às duas da manhã, quando não havia perigo de ninguém ver, é que ele podia comer alguma coisa, beber guaraná. Era uma refeição rápida, pra ninguém desconfiar.
Ele tinha de manter as aparências de jejuador, continuar igual ao homem amarelo da pintura futurista, mas sem depauperar-se. Teria que ter comportamento perfeitamente natural. Que fazer então sob os olhos curiosos?
As conversas não lhe interessavam muito, sempre as mesmas bobagens; alguns faziam apostas em como o jejuador não passaria dos três ou quatro dias, estava mirrando a olhos vistos.
Ele tinha raiva dos apostadores, querendo ganhar dinheiro fácil nas costas dele. A turma doida de futuristas fazia ponto diante de Miguel Urbano, pra dar uma espiada, faziam algum comentário e continuavam a lenga-lenga de suas conversas.
A costureirinha Anita fazia-o esquecer as amarguras e o tédio, e ele começava a tremer de febre, quando a via chegar, sempre alegre. Fora isso, custava a vencer os dias.
Segundo recomendação dos homens do Guaraná, Urbano deveria esforçar-se por se mostrar forte. Passaram-lhe um jornal pra fazer pose pros fotógrafos. Folheou o matutino, entediado, já não lhe interessavam nem as notícias a seu respeito:
“Sete dias em jejum apenas tomando um copo de Guaraná Antarctica…”
Na foto do jornal, parecia até bonito, assim tão bem-vestido, pensou ele com sorriso amargo que o guaraná não conseguia adoçar. Deixou de lado o seu retrato, suas notícias, e passou adiante. Viu notícias da semana futurista e lembrando-se da costureirinha, interessou-se. Leu devagar:
– A Semana da Arte Moderna, que constará de três noitadas literárias e musicais e de uma grande e complexa exposição de escultura, pintura, e arquitetura, revelará o que São Paulo possui de mais culto, de mais sensacional em arte; realizar-se-á no teatro máximo da cidade, como disse, sob os auspícios da elite paulistana, devendo a ela comparecer nosso mundo oficial.
Urbano pega outro jornal: – Já não se dirá, depois do veredito de Graça Aranha, que a poesia de Mário Andrade, a pintura de Di Cavalcanti, a escultura de Brecheret e a música de Villa Lobos são casos de excepcionalidade mórbida ou reclamista.
E a Semana de Arte Moderna virá mostrar como esses espíritos de vanguarda são os guias de um movimento tão sério que é capaz de educar o Brasil e curá-lo do analfabetismo letrado em que lentamente vai para trás.
Urbano não compreendia direito todas estas parolices de jornal. Fechou o jornal, os olhos e a boca, buscando um silêncio mais cômodo, sem ver nem ouvir os curiosos à sua frente. Foi quando a terra começou a tremer.
Capítulo VI – Juízo Final
A última noite foi dura de passar, com o medo enorme. Ele ali no caixão de plumas, mas lá fora terra tremendo, a cidade não teria ido abaixo? Os homens que lhe foram levar comida, mandando que comesse depressa, afirmaram que não fora nada, um tremorzinho de terra atoa, não houve morte nem desabamento.
Ele suspirou com alivio, a costureirinha estava a salvo. Mas ficou na cabeça zonza misturada com a sensação de um tremor permanente o medo da morte e da loucura. Quando conseguiu dormir, a costureirinha-pintora invadiu o sono, anjo amarelo, trazendo-lhe a calma, bandeirantemente.
De manhã, as conversas corriam em torno do tremor de terra, do fim-do-mundo, e dos festivais. Juízo Final? Um falou, apontando pra Urbano: -Este aí já está preparado.
Urbano tremeu de raiva, mas ouviu, um pouco além, o riso do grupo futurista e a voz da costureirinha. Respirou fundo e arrumou os sentidos pra ouvir. Mas eles não pararam ali, passaram e foram andando.
Urbano, decepcionado, deixou-se ficar, deitado, ruminando as imagens da costureira e seus amigos, misturadas com a figura da mulher, dos filhos e do cachorrinho.
– Hoje é o último dia, pensou ele, hoje me forro. O fim de jejum estava marcado para as quatro horas, com foguetes, bandas de músicas, blocos carnavalescos, os jornais iriam fazer grandes reportagens e os homens da Antártica distribuiriam aos transeuntes copos do Guaraná. Se o mundo não acabasse antes.
Capítulo VI – O prêmio eterno
Fotografado, entrevistado, cumprimentado, apalpado, depois de um longo discurso em que se falou das excelências do Guaraná Antárctica, Miguel Urbano deixou o pessoal, a mulher e os meninos assustados com a balbúrdia em volta dele e foi andando vagarosamente, sem rumo, pela cidade.
Para onde ir, zonzo e amarelo, com as roupas de rico e o sapato de verniz apertando os calos? O Theatro Municipal estava todo iluminado, um movimento maior que o fim do jejum. Gente da alta, senhores do café e das indústrias, estudantes.
Foi andando, chegando perto, desconfiado. Entrou no saguão, lá estava, diante de um quadro esquisito, um Homem Amarelo como ele, estava a costureirinha futurista, conversando com o altão e um gordo, e outras pessoas em volta.
Era aquilo o festival de arte moderna? Era aquilo a arte futurista? De longe, até que era bonito, mas de perto, uns borrões de tinta. Havia uns nomes: Anita Malfatti, sua costureirinha, Zina Aita, Di Cavalcanti… Umas esculturas de homens de pescoço grosso: Victor Brecheret. Miguel Urbano não aguentou mais. Desmaiou.
Capítulo VII – Epílogo Modernista
Recuperado do choque, depois de tomar muitos remédios e graças aos desvelos da mulher, Urbano ganhou um emprego na Companhia Antárctica.
Um dia, a mulher, de vestido novo, mostrou-lhe uns jornais – que usara para molde de vestido – e que traziam qualquer coisa a respeito dele:
Crédito: Aracy Amaral: “Artes Plásticas na Semana de 22”
– Ed. Perspectiva. São Paulo, 1970,
Imagens: Google
Artigo publicado no Suplemento Literário do “Minas Gerais” – reproduzido e revisado em fev 2022 http://www.letras.ufmg.br/websuplit/arquivos.php?a=1972&c=07028602197206-07028602197207
Putz! É bom demais! Márcio Sampaio, o garrucheiro porreta, demorou, mas apareceu aqui na Vila esplendidamente…