A pandemia não acabou: nova cepa já ameaça a Europa e pode chegar ao Brasil a qualquer momento
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Rafael Jasovich*
A pressa para querer reativar a economia faz a população refém da covid e dos governos que priorizam a economia e deixam a vida da população com sérios riscos de contágio.
Com a subvariante BA.2, número de novos casos volta a subir em países da Europa: onda da ômicron aumentou mais a mortalidade na UTI infantil do que outros picos da pandemia.
E o número de novos casos de infectados pelo novo coronavírus aumentou em alguns países europeus nos últimos dias, incluindo Reino Unido e Alemanha.
O movimento acende preocupações a respeito dessa subvariante da Ômicron, que está ultrapassando a linhagem original da Ômicron, agora conhecida como BA.1, em partes do mundo.
O aumento está levantando questões sobre se a BA.2 poderia causar uma interrupção mais ampla no declínio global dos casos de covid-19.
Em algumas partes do mundo, a subvariante já é de longe a versão mais dominante do vírus. Já é a variante mais comum na Inglaterra, Irlanda do Norte e Escócia.
Em Londres, 84% dos testes de PCR positivos para covid-19 provavelmente foram causados pela BA.2, de acordo com a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido.
Enquanto os casos na Europa caíram 18% e os casos nas Américas caíram 24%, no Pacífico Ocidental – uma região da OMS que inclui a China –, houve alta de 46%. Países que viram os casos caírem agora registram pequenas reversões.
Não há de tardar para chegar no Brasil essa nova subariante. Enquanto isso, governadores e prefeitos se apressaram a liberar o uso de máscara até em locais fechados.
Já que os governantes não cuidam de nós, vamos nos cuidar. É preciso manter o cuidado necessário, com uso de máscara, álcool gel. E fique fora de aglomerações.
*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, ativista da Anistia Internacional.