A festa do Pàn mē Hàk do povo Gavião do Pará

Festas e tradições dos povos originários são desconhecidas pelo grande público, com algumas exceções, como o Quarup

Rafael Jasovich*

Com o inverno, época das colheitas das frutas, é também o momento da chegada das festas culturais.

A festa do Pan mê Häk, por exemplo, representa os animais que voam, nesse ritual em que são divididos em dois clãs: o Pan (Arara) e o Häk (Gavião).

Durante o período de programação desse ritual, as lideranças e cacique escolhem duas meninas, que irão ser as rainhas da festa.

Cada uma irá representar um clã. Elas também serão responsáveis para dançar na frente do cantor, nos cânticos no pátio da aldeia.

Durante esse ritual os dois grupos se enfrentam nos jogos de flecha e corrida de tora.

A participação das mulheres é de suma importância para a realização desse ritual.

São elas as responsáveis pelas pinturas corporais, as comidas típicas, como também participam nos cantos e das danças. Essa festa cultural acontece um ano sim, e um ano não.

A festa do pàn mē Hàk, dura aproximadamente uns quatro meses findando ali pelos meses de junho ou julho.

No encerramento tem a dança e o canto até o amanhecer do dia. E quando finaliza, começam os rituais do verão como o Wakumere e o kôkôiré (que é a festa do casamento).

Conhecer e divulgar a cultua dos povos originários se faz necessário para conhecer nossas origens e cultuar os guardiães da floresta,

Viva a tradição e rituais originários!

*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, ativista da Anistia Internacional.

 

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