Só a vacina salva da febre amarela. Itabira vive surto da doença

Com 23 notificações, um óbito confirmado pela febre amarela e quatro outros óbitos em investigação pela Fundação Ezequiel Dias, de Belo Horizonte, além de 19 casos suspeitos aguardando resultados, acende-se o sinal de alerta em Itabira. E não é para a menos.

O município está classificado na categoria 3 de risco de propagação do vírus da febre amarela, que sem a vacinação em massa, pode migrar para a cidade, trazendo o risco de retorno da febre amarela urbana. A categoria 3 é a mais grave – indica estado de vigilância e campanha permanente de vacinação.

São enquadrados nessa categoria os municípios com registro de óbito humano e morte de macacos (epizootias). O macaco não transmite a doença, que fique claro. Mas a sua morte sem outro motivo aparente pode indicar a presença do vírus no local onde vivem.

Thereza Horta adverte: “só a vacina salva vidas e impede que o vírus da febre amarela migre para a cidade (Fotos: Carlos Cruz e Divulgação)

Não temos epizootias confirmadas por febre amarela, mas temos um óbito humano confirmado”, explica Thereza Horta, o que, de acordo com as autoridades de saúde, já são indicadores suficientes para indicar que o município vive situação de surto da doença.

Em Itabira, foram encontrados três macacos mortos em regiões diferentes – e próximos da área urbana, o que é motivo a mais de preocupação. Os corpos desses símios foram encaminhados à Fundação Ezequiel Dias (Funed-MG), em Belo Horizonte. Porém, ainda não foi confirmado se tratar de mortes por febre amarela.

“Quem já se vacinou não precisa se preocupar, mas quem ainda não está imunizado deve procurar um posto de saúde mais próximo de sua residência para se vacinar”, recomenda, com urgência.

Doença é gravíssima

A febre amarela é considerada doença grave, que pode levar à morte em mais de 30% dos casos. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, com o surto da doença esse índice já está bem acima.

Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça acima dos olhos, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino). Ocorrendo mais de um desses sintomas, o paciente deve imediatamente procurar a unidade de saúde mais próxima.

Dia D da vacinação é neste sábado na Policlínica

Para impedir que a doença se propague no município, a Prefeitura promove neste sábado (24), na Policlínica Municipal (rua Luiz Ventura, na Vila Piedade, próximo da Esplanada da Estação), de 8h às 16h, o Dia D da campanha de vacinação.

Vacina assegura imunidade de 98%, asseguram as autoridades de saúde pública

A vacina é ministrada em dose única, como tem ocorrido em todo estado de Minas Gerais. Tem validade para toda vida e assegura imunidade acima de 98%. “É o que salva a vida e impede o retorno da febre amarela urbana”, enfatiza Thereza Horta.

Crianças podem ser vacinadas a partir dos nove meses de idade. No entanto, é contraindicada a imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e a quem seja alérgico a gema de ovo. Gestantes e idosos devem passar por avaliação médica. Enfermeiros nos postos de saúde também podem avaliar e autorizar a vacinação para os maiores de 60 anos.

Onde vacinar

Portanto, quem ainda não se vacinou, não há mais tempo a perder. E quem não puder comparecer amanhã, a campanha prossegue na Policlínica Municipal (rua Luiz Ventura, na Vila Piedade, próximo da Esplanada da Estação), e nas UBS dos bairros Barreiro, Clóvis Alvim, Gabiroba de Cima e de Baixo, João XXIII e Machado, Centro e Vila Santa Rosa, Pedreira I e II, Eldorado, Praia I, Pará, Chapada, Santa Ruth, Amazonas, Major Lage, além dos distritos de Senhora do Carmo e Ipoema.

 

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