Balanço geral do 4º Flitabira é bastante positivo em conteúdo, público e impactos socioeconômicos e culturais na cidade de Itabira

Público itabirano e visitantes de várias partes do Brasil participaram ativamente dos cinco dias do festival literário no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade

Foto: @alnereis/
Divulgação

Com patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, a 4.ª edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira) chegou ao fim no dia 3 de novembro de 2024 com programação diversificada e inclusiva

Após cinco dias de intensa programação, a quarta edição do Festival Literário Internacional de Itabira (4º Flitabira), tendo como tema Literatura, Amor e Ancestralidade, atraiu mais de 25 mil pessoas e 80 escritores nacionais e internacionais, que participaram de 84 atividades gratuitas no teatro e biblioteca da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).

O festival promoveu palestras, rodas de conversa, oficinas, apresentações musicais, batalhas de rima e slam, contações de histórias, espetáculos de dança e saraus. A livraria do Flitabira, considerada o coração do festival, registrou a venda de mais de 3,2 mil livros, com 1,1 mil títulos diferentes. O evento também arrecadou quase 200 livros doados pelo público, que serão destinados à biblioteca da FCCDA.

O festival literário foi palco também da entrega do prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano de 2024 à jornalista e escritora Miriam Leitão, tradicional reconhecimento da União Brasileira de Escritores (UBE).

Instituído em 1962,o prêmio  concedido anualmente a um intelectual que tenha se destacado pelo conjunto de sua obra em qualquer área do conhecimento. Entre os que já foram reconhecidos com o troféu Juca Pato estão os escritores Afonso Schmidt (1963), Alceu Amoroso Lima (1964), Cassiano Ricardo (1965), Caio Prado Júnior (1966).

E mais, entre muitos outros: Érico Veríssimo (1967), Menotti Del Picchia (1968), Jorge Amado (1969), Carlos Drummond de Andrade (1982),  Rachel de Queiroz (1992), Lygia Fagundes Telles (2008), Milton Hatoum (2018), Conceição Evaristo (2023), que recebeu o prêmio em Itabira, no 3º Flitabira.

A jornalista e escritora Miriam Leitão com a escritora Conceição Evaristo, na entrega do prêmio Juca Pato Instelecutal do Ano, ambas já homenageadas (Foto: @bleia/Divulgação)

Prêmio de Redação e Desenho

Outro momento marcante do festival foi a participação de estudantes de Itabira, das escolas públicas e privadas, no prêmio de Redação e Desenho, que mobilizou cerca de 19 mil participantes. Foram 85 trabalhos inscritos, estimulando a leitura e redação dos jovens na cidade de Itabira.

Em sintonia com o tema Literatura, Amor e Ancestralidade, o prêmio homenageou Maria Gregória Ventura, a Dona Tita, liderança comunitária do quilombo Morro de Santo Antônio que, juntamente com Itabira, celebra os 100 anos do nascimento de sua matriarca.

Maria Gregória Ventura, a Dona Tita, matriarca do quilombo Morro de Santo Antônio, homenageda pelo Flitabira no Ano de seu Centenário, em Itabira (Foto: Marcelo Goulart/Divulgação)

Mundo novo, público jovem

No 4º Flitabira, outro ponto alto foi o engajamento digital expressivo, o que ampliou o alcance do festival além das fronteiras de Itabira. No Instagram, foram registradas 2.683.511 visualizações, com 1.141.505 contas alcançadas, das quais 79,4% não seguiam o perfil anteriormente, demonstrando o crescimento da audiência.

Entre os espectadores, destaca-se o público jovem: 29,2% tinham idades entre 25 e 34 anos, indicando que o festival se conectou de maneira eficaz com a nova geração, ampliando o interesse pela literatura e pela cultura.
Já no Facebook, o festival alcançou 199,5 mil pessoas e gerou 791 interações, enquanto o YouTube registrou 68,9 mil visualizações e 2,8 mil horas de exibição. Todo esse engajamento consolida o Flitabira como um evento de impacto digital.

No site oficial, foram contabilizados 13 mil usuários ativos e 57 mil visualizações de página, refletindo o interesse contínuo do público pela programação e informações do festival.

Economia

A realização do Flitabira movimentou a economia local, tendo mobilizado 150 profissionais, movimentando o comércio com ocupações em hotéis, restaurantes, vendas dos artesãos e outros prestadores de serviços em Itabira.

Além de toda essa movimentação no mercado da cidade, o festival contribui para consolidar a cidade Itabira como destino relevante de turismo cultural.

Com recorde de público e forte engajamento digital, o Flitabira 2024 reafirma seu compromisso com a democratização da cultura e o fortalecimento da economia criativa, deixando um legado positivo para Itabira. ampliando seu alcance no cenário cultural brasileiro.

ESG e Desenvolvimento Sustentável

O festival tem também em destaque o seu compromisso com os  princípios ESG (Ambiental, Social e Governança), com desenvolvimento sustentável, além de se manter em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Com atividades gratuitas e inclusivas, o festival impacta diretamente a educação de qualidade (ODS 4). Com a realização dos concursos de redação e desenho, estimula o aprendizado e a criatividade de estudantes do município.

A cada edição do Flitabira é valorizado e reconhecido o trabalho decente e o crescimento econômico local (ODS 8), ao gerar empregos e incentivar o comércio e o turismo na região, incrementando a economia local de maneira sustentável.

Para reduzir desigualdades (ODS 10), o festival adota uma política de acessibilidade completa, garantindo inclusão física e auditiva em suas atividades, além de uma programação diversa que valoriza vozes de diferentes gêneros, etnias e origens.

No âmbito ambiental, o Flitabira reforça seu compromisso com a ação climática (ODS 13) ao compensar emissões de carbono por meio de uma parceria com o Instituto Terra, além de reaproveitar lonas de eventos anteriores para criar bolsas de brinde, promovendo a reutilização de materiais e a responsabilidade ambiental.

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