Tô na Praça e vou entrando

Mauro Andrade Moura

 O programa sociocultural “Tô na Praça” é dos melhores acontecimentos, juntamente com o retorno da Quinta Cultural, que aconteceu em Itabira neste desmedido ano de 2017.

Tô na Praça José Máximo Rezende Filho, no Campestre. No destaque, os músicos Osni Belisário e Genésio Reis (Fotos: Mauro Moura)

As nossas praças estavam relegadas a um equipamento urbano totalmente sem uso e abandonadas ao mau uso dos que por lá transitavam.

É muito gratificante poder aproveitar essas programações e encontrar amigos, ver novas ideias e sorver boas conversas com os participantes.

Música na Praça: “todo artista tem de ir aonde o povo está”

Temos um departamento de promoção cultural dentro da Fundação Drummond que quase nada faz ou promove, mal consegue demover uns poucos a participar de uma necessária comissão municipal de cultura.

Quinta Cultural na praça doutor Nelson Lima Guimarães, a pracinha do Pará

Uma secretaria municipal de esporte que praticamente não participa da vida esportiva da cidade, mesmo funcionando dentro de um grande ginásio esportivo que prossegue seus dias com muito pouco uso.

Uma secretaria municipal de turismo que em todo o seu tempo de existência (já lá vão algumas décadas) e todos os dirigentes até hoje não entenderam o seu papel no contexto cultural e turístico de nosso Município, relegando os agentes turísticos a total obrigação e permanência de uma mera ideia de se praticar a economia turística.

Praça é lugar de encontro, poesia, música, artesanato e também de comes e bebes

Tenho dito aos promotores do “To na Praça” e da “Quinta Cultural” que procurem realizar suas promoções muito bem e em total independência da Prefeitura Municipal de Itabira. Isso porque, quando esta vem, traz um bom recurso técnico e financeiro, porém vem junto tudo de ruim que tem em sua estrutura administrativa também.

Com a força, desempenho e mesmo empenho geral destes promotores culturais, “Tô na Praça e vou entrando”, pois como é sabido, lá as portas estão sempre bem abertas a quem vem de bom grado.

Participe, venha também ocupar as nossas praças antes que elas acabem e sejam “desafetadas” para gáudio da especulação imobiliária. As praças, que são pouquíssimas nesta cidade mineradora, poluída como poucas, precisam ser de fato do povo.

 

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6 Comentários

  1. Boa noite!

    Muito bom.

    Só não podem deixar virar palco de Funks obscenos.
    Devem ser espaços realmente culturais.
    Quando faço referência ‘realmente culturais’, quero dizer cultura sadia para todos.
    É o que o Brasil está precisando.

    1. Eder, o funk é a última novidade em música no mundo. É verdade que tem muita coisa ruim, a maioria, mas tem coisa boa na categoria letra e é a música que mais protesta no Brasil. Mas é duro que em terra de Noel, Ataulfo, Clementina o funk seja tão ruim, e que em verdade é o que sobrou. E olha eu prefiro a Tati Quebra Barraco à Madona, a Tati canta melhor, dança (sem se esborrachar no palco) muito muitíssimo melhor do que a vadia da Madona, uma idiota… E saiba, que os filhos desta infeliz Madona cantam dia e noite pelas ruas de Portugal o funk brasileiro com os palavrões todos…
      Eu gostaria de saber o que é cultura sadia? Preciso entender isso de cultura sadia… As vezes a gente confunde o conceito de cultura com entretenimento e são diferentes…
      Eder, vamos trocar ideias a este respeito?

  2. Mauro, você é um colunista essencial no Vila… E associado ao ideal do jornalista Carlos Cruz, que sempre fez jornalismo em defesa de Itabira fica muito promissor e alentador. Porque precisamos aprender a amar as cidades. beijoca querido

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