Não iludo ninguém, eles é que veem amor onde não tem
Mauro Andrade Moura
Interessante notar as últimas ordens, o despacho das obrigações e serviços, da secretária municipal de meio ambiente segurança pública e desenvolvimento urbano de nossa Itabira.
Em sua sanha de promover o programa “cidade limpa”, mal passou alguns dias após a derrubada de árvores nativas na encosta da chegada ao Cemitério do Cruzeiro, agora temos o derrube de outras árvores no fundo do Museu de Itabira. E na praça do Campestre também e em tantas outras localidades. Itabira que já foi do Mato Dentro de agora em diante passa a se chamar Itabira do Mato Pelado.
Era o caso de se inteirar qual era a promessa de campanha eleitoral do prefeito municipal cassado. Sair derrubando qualquer árvore pelas praças da cidade pelo simples fato de estar obstruindo a visão de algo mais ao fundo com critérios duvidosos é realmente caso de polícia.
Com a reforma interna e uma coluna ao fundo do sobradão do nosso Museu de Itabira, com mais uma ordem determinante da secretária de desenvolvimento urbano em contrassenso à secretária de meio ambiente, operários armados com suas motosserras e de posse da ordem de serviço, na terça-feira (31/11), foram lá na praceta e demonstraram suas habilidades com arma tão letal derrubando todas as árvores que existiam ali.
Fica o sentido de tão perverso também que é este nosso sistema político eleitoral, este presidencialismo promovido de maneira eleitoreira. Quando das eleições para os cargos executivos é apresentado somente a pessoa do principal e do vice, neste caso aqui do prefeito municipal e da vice-prefeita. Fica faltando o conteúdo, o debate sobre o programa de governo que pretende imprimir, para que seja conhecido e debatido pelos eleitores – para que depois possa ser cobrado.
No sistema parlamentarista, que utiliza-se de lista prévia das demais pessoas pretendentes a cargos subalternos (secretários e assessores), teríamos de antemão a condição de avaliar todo o quadro de pessoal que irá tomar posse após vencer a eleição juntamente com o principal executivo.
Temos agora, portanto, além de aturar um prefeito com diversos processos na justiça eleitoral e cassado em primeira instância, uma secretária com o afã de determinar ordens a esmo, sem avaliação mais precavidas dos feitos que se transformam em abusivos malfeitos.
Outra dúvida é se retornarão com o chafariz que ficava ali – e hoje jaz deitado no porão da Casa do Brás com o beneplácito da secretária municipal de cultura, melhor dizendo, superintendente da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade.
O título desta crônica foi retirado de uma pichação na parede lateral de nosso Museu de Itabira e muito próprio às atitudes da secretária municipal de meio ambiente segurança pública e desenvolvimento urbano:
Não iludo ninguém, eles é que veem amor onde não tem!
Não vejo com um carater absoluto a intocabilidade ou imunidade de corte de árvores no nucleo urbano das cidades.
No caso mencionado pelo meu amigo Mauro Moura e mostrado na foto acho que foi correto o corte daquelas árvores. Para mim, neste caso, é importante resgatar a paisagem do fundo do prédio do museu, antiga câmara, prefeitura e cadeia. As árvores ali foram plantadas nos anos 80, modificando por completo o visual do belo prédio e do jardim existentes ao fundo, implantado, pelo que já me informaram, pelo prefeito Wilson Soares nos anos 60. Importa dizer também que para determinados prédios e logradouros a insolação é necessária e antiséptica. Ao que me parece pode ser intenção da secretaria de serviços urbanos resgatar aquele local da Rua Major Paulo para melhor usufruto da população, valorizando a paisagem histórica proporcionada por aquele casarão e seu entorno.
Bom dia, Denes.
A preocupação que fica é o corte de árvores por toda a cidade sem a preocupação de apresentar aos moradores os critérios a que foram levados fazer isto.
A assessoria de comunicação da Prefeitura M. de Itabira nunca comunica, estão lá várias pessoas a escreverem inócuos releases de obras feitas e até às vezes conseguem justificar de algum modo as obras malfeitas, principalmente a do corte das árvores próxima ao Cemitério do Cruzeiro.
Creio que o calor do Sol fará muito bem ao porão do Museu, mas costumo passar por ali e sempre via que a moçada ficava namorando à sombra das árvores e agora ficaram sem paragem
Infelizmente cortaram todas e mais algumas, poderiam ter deixado pelo menos duas, sendo uma ao fundo do Museu e uma outra ao lado que não tampava nada a visão daquele casarão.
São ordens dadas por uma engenheira civil e, presumo, que nos quadros da Prefeitura, além de não haver mais a figura do jardineiro, nunca houve a figura do paisagista, que nestes tempos mostra-se tão necessário esse oficial para cuidar mais e melhor de nossas praças, pracetas e barrancos ou encostas.
Horrível ! O ambiente urbano de Itabira pois nao chamo de meio ambiente… esses administradores são “letais” . Ja existem metodos de se transplantar árvores e olha que esse cortes devem ter ficado caro pro povo, lembremos que ate pra cortr o dimndim sái do bolso do povo.
Caminhem por Itabira num dia de sol… procure uma só 1 sombra e postem a imagem… verás o quanto vale uma sombra!
Mas enquanto isso… Vejamos os belos jardins das casa… trancadas, cheias de grades… isso é a cena atual do município… quanto aos comandantes pois parte de alguem a ordem… com certeza e claro sem árvores sem sobra de dúvidas tem interesse próprio, financeiro e até desisntruçâo no que diz respeito a transformações naturais… tudo muda cara deixem as árvores em paz!
Dica leiam mais Manoel De Barros.
Boas palavras, Luciano.
A recomendação da leitura do ambientalista poeta Manoel de Barros é muito interessante ao momento que vivemos em nossa terra, onde sempre é mais fácil derrubar árvores do que plantá-las ou mesmo uma simples manutenção delas.
Lembrou-me de quando meu pai denunciou aquela peste da mineradora, ainda em 1970, quando saíram derrubando o que restava da Mata Atlântica no caminho de Senhora do Carmo. Imagina você quem é que a polícia florestal incomodou?
caro Luciano seu comentário é ótimo. eu tenho a dor de perder vários jardins de família, de amigos, e, isso desde a infância, e não parou mais. Os pedaços de quintais sobrados pós demolição são cimentados. Itabira, eu constato com seu comentário, não tem jardins. Tem quintais, hoje, muito menos dos que conheci. O mais belo jardim, de frente de casa, de Itabira era o da Rosa Maria Martins da Costa Lote, era um Burle Marx, bem cuidado mostrava a casa singela diante a grandeza do gramado verde, salpicado de tufos de suculentas apontando estrelas, pequenos tufos de flores, uma beleza com grade sem chave.
Transplante de árvores: na fazenda do Cubango, na Chapada da Serra de Ipoema, tem uma jabuticabeira transplantada, um gesto amoroso do agrônomo Jorge Grunnupp Maravilha. Vê que beleza, a gente não esquece.
Mas já os “letais” serão lembrados pelo crime.
No Rio eles fazem a mesma sacanagem, e as associações de bairro reclamam e eles não respondem.
É preciso resistir. É preciso formar um grupo de pessoas que acredirtam na utopia de Que É preciso Amar Itabira, porque quem Ama Cuida, Construir um projeto de Amor para as Cidades.
Sim’bora e Resistir! Sempre!
E seguia o cavaleiro com seu fiel escudeiro na busca infinda do que seria no futuro chamado de UTOPIA, pressupostamente nesta Vila de Utopia em que buscamos o prazer do colorido das plantas do tempo das nossas avós.
Muito bem posto, Cristinica de Cervantes.
Um projeto de cidade, principalmente, dos espaços públicos de convivência deve ser construído coletivamente ! O projeto tem que consultar a vontade da população local. Senão é “achismo, arrogância ” ou como diz o programa: ” cidade limpa” , que não soa legal…..
Realmente, esse tal Cidade Limpa partiu desta administração atual sem nenhum entendimento ou apresentação à população.
Como disse em outro comentário acima, a Prefeitura Municipal tem uma assessoria de comunicação que nunca comunica com os cidadãos pagadores de impostos, daí toda essa imposição dos órgãos públicos nos fazeres de suas obrigações.
No mais, é tudo achismo mesmo!
Igormeubenzinho, você tava sumido do espaço colaborativo… cidade limpa é profilaxia pros “letais” se aproveitarem da ocasião. Os “letais” sabem distinguir o público do privado e estão no publico para apoderar de toda a cidade. Os “letais”, é isso mesmo letais.
Sim ! Estão se apropriando e é normal e estéril. O louco é ocupar ! Vamo
que vamo….
Caro Mauro, você pariu a luz: Itabira do Matto Pellado (com a dobra dos elles, tá).
Como Árvore é feminino, quase posso afirmar que quem assasinou as árvores, é um machinho brioso, pois só da cabeça de um homem pode sair tal ideia, sem sensibilidade, sem respeito, tomada por absoluta e estridente ignorância. Eu acuso , pois a maioria dos crimes são cometidos por homens, são os homens, donos de bancos, da bélica e da farmácia que comentem a maioria dos crimes no mundo, os homens são desastrosos, bélicos, e, que não sabem que “a liberdade é amorosa”.
Senão vejamos, se as árvores foram plantadas em 1960, elas completam 57 anos de vida, e, mais, os moradores no torno delas completam duas, três gerações no território, portanto aquelas árvores faziam parte de sua memória, de sua memória contemplativa. E para quê desfazer o que foi feito?
Mas estamos carecas de saber que os insignificantes se apoderam do público como coisa privada. Veja o que fizeram com o prédio da Casa de Cultura!!!!
O Cemitério do Cruzeiros das Almas só não está pior porque o Knorr teve a bondade amorosa de lhe pintar os muros, portanto não é amoroso cortar arvores.
E eu grito: LIBERDADE AS ÁRVORES, que não incomodam ninguém, quem incomoda são políticos rasteiros e vulgares…
Nha amiga Cristina, você não imagina a dor de meu coração em ver toda essa barbárie acontecendo de uma vez só em nossa cidade, a antiga do Mato Dentro.
Mas posso lhe afirmar que a pessoa que manda cortar todas essas árvores da nossa cidade é uma engenheira civil, postulada ao cargo de secretária de meio ambiente da cidade do Mato Pelado.
Infelizmente, os algozes e operadores das letais motosserra são homens, como bem pôs acima, os belicosos que saem obedecendo as ordens sem nenhum questionamento e devem fazê-lo com o maior gosto, daqueles bem sádicos.
O Cemitério ganhou uma sobrevida com os cuidados do Knor, ainda bem.
Infelizmente, teremos de conviver com esses desmandos de um governo cassado por mais três anos.
E viva a LIBERDADE DAS ÁRVORES!
Amigo MauroAníbal, uma mulher!, errei feio, não preconceito, foi erro não verificar no google o nome da pessoa. Salve-me, presidenta Dilma Vana Roussef! Pardon, Mauro…
Sou itabirana, minha família reside em Itabira, estou sempre na cidade e me preocupo com as medidas da administração pública que estão ocorrendo. Não conheço a secretária de meio ambiente, Priscila Braga Martins da Costa, não sei da sua formação, mas por tudo que até agora foi efetivado não me parece alguém preparada para a área. 1) Venda de áreas na Av. Mauro Ribeiro, o melhor seria harmonizar tanto concreto com vegetação. 2) Suspensão de projeto de preservação hídrica, não combinando com a escassez de água relatadas e com a preservação do meio ambiente. 3) Corte de árvores sadias, parecendo atender desejo pessoal e não da população. Estranho que nada condiz com sustentabilidade e ambiente. Que interesses de fato estão sendo atendidos?
Sua reflexão está correta. Eu penso que é a mão peluda do setor imobiliário. A Lei da Terra.
Bom dia, Graça.
A secretária de meio ambiente, que também é de desenvolvimento urbano e da segurança pública, dizem ser formada em engenharia civil.
E como engenheira civil aplica mui bem os conceitos aprendidos na faculdade por esta geração, a de que vale mais o concreto ou o asfalto e relegam de todos os modos o espaço natural.
Veja lá como ficou o adro da Igrejinha do Rosário quando foi asfaltado em 1997, se não me engano.
Aos interessados em conhecer e discutir as questões ambientais de Itabira: a próxima reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) foi convocada para esta quinta-feira, 09/11/2017, às 16 hs no Parque Natural Municipal do Intelecto. Quem quiser ter direito a fala durante a reunião tem que chegar antes e se inscrever… Participem!
Boa notícia, a de ter uma reunião do CODEMA logo esta semana após tanta agitação com serras motorizadas.
Participem!
É uma tristeza! Por cada árvore cortada deveriam ser plantadas duas!
Na Alemanha, quando resolvi remodelar o meu jardim a administração da cidade deu permissão sob condição de plantar novas árvores e isto era no meu jardim e numa cidade cheia de jardins e arvoredo!
Árvores são sinal de vida e nas estradas até ajudam a regularizar o trânsito porque havendo muitas árvores ao lado da estrada tem-se a impressão que se anda a maior velocidade!
Ainda não há admiração e respeito pela natureza.
Muito bem, António Justo.
As estradas daqui não têm árvores em suas margens e próximas às cidades, essas margens são verdadeiras favelas.
Mais uma desumanização dos nossos governantes.
E saiu uma notícia de que a área urbana de Itabira é uma das que menos árvores tem.
Infelizmente!