Estamira, a história de uma catadora tem exposição no foyer do Parque do Intelecto no mês da luta antimanicomial

Imagens e fotos:
Divulgação

 O Centro de Convivência InterAgir, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o Museu de Itabira convidam para a abertura da exposição “Tudo que é imaginado existe, é e tem. Estamira, a história de uma catadora.”

Neste mês da luta antimanicomial, que tem seu ápice neste sábado (18), o Centro de Convivência InterAgir e a Rede de Atenção Psicossocial, em parceria com o Museu de Itabira e com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, apresentam a exposição “Tudo que é imaginado existe, é e tem. Estamira, a história de uma catadora.”

Com a curadoria da artista plástica, psicóloga e coordenadora do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF),  Moema Guerra, a exposição é inspirada na vida de Estamira Gomes de Sousa, uma mulher que viveu e trabalhou como catadora de lixo no maior lixão a céu aberto da América Latina, o Aterro Sanitário Jardim Gramacho, na cidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

Júlio Sampaio Barbosa, artista itabirano: “nada se perde, tudo se transforma.”

A história de Estamira foi apresentada em um documentário filmado entre os anos 2000 e 2004. Leva o seu nome e retrata sua trajetória de vida, sua filosofia, suas falas marcantes e suas vivências de uma mulher de temperamento forte, opinião própria e, acima de tudo, resistente ao regime que lhe era imposto.

Inspirado em Estamira, o Cento de Convivência InterAgir propôs aos seus clientes o estudo da importância de ressignificar o lixo por meio da reciclagem, criando as artes únicas produzidas em suas oficinas e  que serão expostas.

Marcia Silva, pedagoga itabirana: a arte de ensinar e reciclar 

A exposição também homenageia o artista itabirano Júlio Sampaio Barbosa que, há 4 anos, frequenta o Centro de Convivência InterAgir. Foi onde ele descobriu, por meio da Arte Livre e Criativa, a possibilidade de dar vida aos objetos encontrados no lixo e, assim, reorganizar o seu pensar e a sua forma de se relacionar com o mundo.

Outra homenageada é a pedagoga e educadora ambiental Márcia Silva, que há 20 anos trabalha com diversos projetos sociais de Itabira confeccionando artes sustentáveis com materiais recicláveis diversos.

Exposição

A exposição será inaugurada no dia 22 de maio (quarta-feira), às 14h, no foyer da Secretaria de Meio Ambiente, no Parque Natural Municipal do Intelecto.

Contará com uma mesa redonda sobre Arte, Reciclagem e Saúde Mental,  composta pelo secretário de Meio Ambiente, Denes Lott, a curadora e psicóloga Moema Guerra, a terapeuta ocupacional e coordenadora do Centro de Convivência InterAgir, Tânia Couto.

Participa também a diretora da Saúde Mental de Itabira Jacira Helena, a facilitadora de artesanato Elaine Gregório, a gestora do Museu de Itabira,  Vanessa Faria e os artistas homenageados Júlio Sampaio e Márcia Silva.

A exposição estará aberta à visitação de 22 de maio a 22 de junho. Nesse período ocorrerão oficinas gratuitas de arte livre e criativa utilizando materiais descartados como lixo.

Saiba maisNo ano passado, o Centro de Convivência Interagir, em parceria com o Museu de Itabira e com o apoio da FCCDA e da Unifei-Itabira apresentaram a exposição “O lado de lá da linha”, inspirada na obra de Arthur Bispo do Rosário e na arte produzida pela artista bordadeira Stella Guimarães.

A exposição interativa e itinerante percorreu diferentes espaços da cidade, como a Galeria da FCCDA, o campus da Unifei-Itabira e o campus da Funcesi, levando a discussão da importância de espaços de “cabimento para a loucura na cidade”, do cuidado em liberdade e da convivência familiar e em sociedade. A exposição, que também contou com a curadoria de Moema Guerra, ficou em 2º lugar na Mostra SUS 2023.

Confira a programação das atividades do mês da luta antimanicomial em Itabira

 

 

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