Como vejo atualmente o projeto Itabira 2025
Foto: Carlos Cruz
Por Márcio Antônio Labruna*
A diretoria da Acita, sob a presidência do ex-prefeito Li Guerra, no ano de 1992, lançou uma pergunta: “Quando a Acita comemorar o seu centenário em 2025, como será que a nossa cidade de Itabira estará?”
Todos responderam: “será aquilo que definirmos a partir de agora”.
A partir daí surgiu a ideia de um grande projeto capaz de construir este futuro ainda indefinido. Nascia assim o projeto Itabira 2025 – ano do centenário da Acita e data prevista na época para e exaustão mineral no município.
Primeiro passo: assumir a prefeitura, pois é lá que tudo deve começar
Segundo passo: criar projetos estruturantes, capazes de promoverem as transformações.
Terceiro passo: desenvolver e capacitar lideres comprometidos com a cidadania.
O primeiro passo, o mais difícil na época, com muito sacrifício e trabalho árduo, conseguimos vencer lançando o Li candidato a prefeito.
Por uma centena e pouco de votos conseguimos assumir a prefeitura, sucedendo o então prefeito Luiz Menezes e vencendo a máquina política da cidade.
Foi uma euforia sem tamanho e nosso grupo sem qualquer experiência, passou a comandar o município que na época tinha pouco recurso financeiro.
Eu que era o vice-presidente do Li e assumi a direção da Acita com a sua eleição para prefeito.
A Vale deu todo apoio a nossa empreitada e criamos a primeira agência de desenvolvimento econômico do estado, copiado depois, por inúmeras outras cidades.
Criamos o Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fundesi) para financiar empresas, criamos mais um novo distrito industrial e parecia que tudo mudaria.
O Sebrae de Minas, recém-chegado a Itabira, lançou um desafio que foi a criação de um sistema de escolas profissionalizantes, em parceria com a Áustria.
Setenta e oito cidades se inscreveram e a nossa Itabira conseguiu sair na frente, vindo a instalar a primeira escola desse gênero no interior.
Eu, já aposentado da Vale, com a devida formação e alguma experiência como professor, assumi a direção da escola e recebi na época todo apoio do prefeito Li, transformando a escola em um grande modelo de sucesso, inclusive sendo convidado pela direção do Sebrae para ser consultor e difusor do programa em todo o estado.
Tenho o orgulho de afirmar e constatar que formamos várias dezenas de líderes que hoje ocupam vários cargos em Itabira e por outras praças.
Viajei por todo o estado e criamos um sistema de 20 escolas deste modelo, algumas ainda sobrevivem, caso da nossa cidade.
No entanto, a essência filosófica, o alto custo de fazer ensino de qualidade, as diretrizes governamentais, transformaram o modelo inicial.
Na época nosso grupo achava que seríamos os donos da prefeitura por longos anos e fomos engolidos pela inexperiência, vaidades, e grupos econômicos dominantes. E assim, não conseguimos fazer o sucessor do Li na prefeitura.
Enfim, todos os pilares do projeto Itabira 2025 continuam sobrevivendo apesar do nosso sonho de assumir o futuro do município ter sido detonado pelas vaidades pessoais, ideologias políticas e falta de idealismo de muitos.
Ainda não perdi a esperança e acredito muito no futuro de nossa cidade. Atualmente estou consumindo minhas experiências à frente do hospital Nossa Senhora das Dores e transformando a saúde em um grande projeto de negócio e de desenvolvimento regional.
*Márcio Labruna é provedor do hospital Nossa Senhora das Dores, fundador e ex-presidente da Associação dos Técnicos Industriais da Vale (Ativa), ex-presidente da Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita).
Amar a mineradora assassina (Mariana e Brumadinho) significa não se importar com a cidade. Não há futuro para Itabira, o ícone da derrota é o buraco do Cauê, precisa de mais?
não
A vale ta oferecendo valores que passam dos 850 mil em terrenos na comunidade catarino proximo a distrito de ipoema.diz que é pra ser deposito de rejeito e esterio.