De Vila Belmiro para o Brasil e o mundo, enchendo os  corações

Pelé, eterno Rei do Futebol

Acervo: Museu do Futebol

Veladimir Romano*

Por alguns instantes o mundo parou para viver o momento brasileiro. Enquanto em Vila Belmiro corações foram se afogando de dor, saudade, mas também de alegria pela fantástica história deixada pela passagem do Edson Arantes do Nascimento por este planeta.

E quem teve esse privilégio entre ocasiões diferentes, de ver o Santos ou a seleção “Canarinha”, marcando Pelé essa presença, se arrastam memórias sem preço, muita emoção que anos e anos depois se fazem valer, ensinar de como a vida é feita de coisas simples, sendo elas no final as mais relevantes.

Falar de Pelé, neste caso, ocuparia uma enorme quantidade de adjetivos que no mesmo instante se revelam pobres e poucos. Implica lembrar outros que no acompanhamento, chegam memórias de personagens, eles também carregados de riqueza genuína onde do amor que tantas vezes falha.

Afinal, no futebol, essa maravilhosa descoberta onde povos se entendem, se batem como festa de gala perdendo ou ganhando, logo imagens de outrora ensinam isso mesmo.

Ver Mané Garrincha, Gilmar, Djalma, Nilton, Vavá, Didi, Coutinho e outros que foram aparecendo, são lembranças que ficam. O Brasil tem essa facilidade de projetar qualidade com quantidade, criando emoções imparáveis. Que digam os povos pelo mundo onde a palavra de Pelé e Brasil se unem como nenhuma outra.

Após marcar o quinto gol brasileiro na Copa do Mundo de 1958, em Estocolmo, na Suécia, o jovem Pelé desmaiou em campo. Logo em seguida o jogo acabou. Assim que recobrou os sentidos foi abraçado por Garrincha e Djalma Santos (Acervo: Museu do Futebol)

A morte, é coisa inventada pelo homem pelo que a matéria física se separa da alma, mas é aqui no espírito onde reside esse segredo genial da postura perante a vida.

Não surpreende pois ver como a Vila Belmiro mandou sua mensagem através daquele menino que um dia só queria era jogar futebol sem saber ele ainda que iria encher corações, tal como seu companheiro de seleção Mané Garrincha.

A foto que corre mundo deles dois abraçados na festa final quando, em Estocolmo, finalmente a Jules Rimet viajou no colo da Seleção Brasileira, era o próprio histórico da História de antes o Brasil nunca haver ganho, para justamente ser feito o caminho glorioso que Pelé já tinha de fazer… o tal menino travesso dentro de um coração universal.

Brasília, retomou seu caminho e o mundo respira alívio, alegria, confiança, abrindo caminhos futuros.

Se não houver esperança, então a boa vontade, sentido das coisas onde a responsabilidade se faz palavra ordeira, pelo quanto este mundo regozija vendo numa ampla frente partidária estilo “geringonça” como hábil manobra política de Luiz Inácio Lula da Silva, trazendo novamente valores e dignidade a uma das grandes nações do planeta, este mundo sempre espera pelo Brasil.

Ocorre porque sabe do quanto corações se vão enchendo de regozijo, com isso, igualmente sofrem, quando se chocam no ato bizarro daqueles que querem fazer do poder, da política e suas ambições sujas: força macabra cabendo maliciosos crimes contra esta mesma Humanidade.

*Veladimir Romano é jornalista e escritor luso-cabo-verdiano.    

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