Outubro Itabirano. Crônicas da Itabira do Matto-dentro Imperial – Educação pequeno burguesa

Fotos e pesquisa: acervo Cristina Silveira

1833 – O Amante da Instrução Púbica

Sr. Redator. Com bastante satisfação assisti pela terceira vez aos exames que faz neste Arraial o professor Público de primeiras letras, no dia 20 do corrente mês. Achando-se presentes o juiz de Paz, Fiscal e mais cidadãos do lugar começou o exame dos alunos pela doutrina cristã, a que se seguiu a escrita, leitura, contas, e os princípios mais gerais de geometria pratica, a que satisfizeram com louvável presteza dez que foram examinados distinguindo-se dentre eles: Custódio Rodrigues Guerra, Luiz José dos Santos, Lourenço Justiniano da Silva e José Cândido Alves que obtiveram plena aprovação.

É desta maneira, sr. Redator que se tornam agradáveis aos olhos do público as instituições que tendem a aperfeiçoar nos quando elas são confiadas a quem com zelo as exerce, e tem a necessária aptidão como o professor Candido de Abreu e Silva, que se tem feito querido e estimado de todos deste Arraial; para aos céus que todos os professores Públicos trilhem a mesma vereda.

Queira sr. Redator, dar lugar em sua estimável folha a estas minhas toscas expressões, pelo que será obrigado seu amigo e constante leitor.

O Amante da Instrução Púbica.

Itabira de Matto-dentro, 27 de dezembro de 1832. [O Universal (MG), 7/1/1833. BN-Rio]

1836 – Curso de Estudos Mineralógicos

Assembleia Legislativa Provincial, 42ª. Sessão em 24 de março de 1836. Presidência do sr. Mello de Souza. Expediente. À Comissão de Instrução Pública. Uma representação da Sociedade Filantrópica da Itabira pedindo a execução do decreto que criou na província um Curso de Estudos Mineralógicos, e que este tenha o seu assento naquela vila. [O Universal (MG), 25/3/1836. BN-Rio]

1846 – Curato de São José da Lagoa: Aulas de Instrução Primária

Assembleia Legislativa Provincial. Resolução n. 286, de 12 de março de 1846. Cria Aulas de Instrução Primária do 1º. Grau no Curato de São José da Lagoa. [Livro da Lei Mineira, 26/3/1846. BN-Rio]

1846 – Vila da Itabira: Latim e Poética

Lei n. 297 – de 26 de março de 1846 – Carta de Lei, que cria na vila da Itabira de Matto Dentro uma cadeira de Latim e Poética, tendo o seu professor o ordenado anual de quinhentos mil reis, como nela se declara. O doutor Quintiliano José da Silva, oficial da Ordem da Rosa e presidente da Província de Minas Gerais: Faço saber a todos os seus habitantes, que a Lei Provincial decretou e eu sancionei a lei seguinte.

Art. 1º. Fica criada na Vila da Itabira de Matto Dentro uma cadeira de Latim e Poética, tendo o seu professor o ordenado anual de quinhentos mil reis, como nela se declara.

Art. 2º. O governo proverá esta cadeira em conformidade das leis existentes.

Mando por tanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O secretario desta Província a faça imprimir, publicar e correr.

Dada no Palácio do Governo na Imperial Cidade do Ouro-Preto, aos vinte e seis dias do mês de março do ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e quarenta e seis, vigésimo quinto da Independência e do Império. [Livro da Lei Mineira, 26/3/1846. BN-Rio]

1848 – Arraial de Joanésia: Aulas de Instrução Primária

Lei n. 409. Carta de lei, pela qual são criadas Aulas de Instrução Primária do 1º. Grau. Bernardino José de Queiroga, presidente da Província de Minas Gerais: faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembleia Legislativa Provincial decretou e eu sanciono a lei seguinte.

Art. 1º. Ficam criadas a seguintes Aulas de Instrução Primária do 1º. Grau.

  • 2º. No arraial da Joanésia, termo da Itabira.

Mando por tanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que cumpram, e façam cumprir tão inteiramente. [Livro da Lei Mineira (MG), 14/10.1848]

1848 – Aula de Latim 

Carte de lei fixando ad Despesas Provinciais para o ano financeiro de 1/7/1850, e autorizando o governo da Província a arrecadar as imposições nela declaradas, contendo outras disposições a respeito. Lei n. 434. Bernardino José de Queiroga, presidente da Província de Minas Gerais: faço saber a instrução seguinte.

Capitulo 1º. – Despesas Provinciais.

Art. 1º. O presidente da província é autorizado a despender no exercício de 1/7/1849 ao último de junho de 1850 a quantia de quatro centos e cinquenta e nove contos cento e quarenta e três mil e vinte oito réis – 459:143$028.

A saber:

  • 15º. Com a Instrução Pública, sendo três contos e quarenta mil réis aplicados as gratificações dos delegados de dezesseis Círculos Literários; dezenove contos e cem mil réis aos ordenados do professore de instrução intermedia.

……. elevados desde já em conformidade da Resolução n.416 os ordenados dos seus professores a oitocentos mil réis e das aulas de Latim somente de Santa Bárbara, Serro, Sabará, Itabira, Paracatu, Curvelo… [Livro da Lei Mineira, 19/10/1848. BN-Rio]

1850 – Arraial do Itambé: Instrução Primária para o sexo masculino

Lei n. 511, de 3/7/1850. O coronel Romualdo José Monteiro de Barros, vice-presidente da Província de Minas Gerais: faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembleia Legislativa Provincial decretou e eu sanciono a lei seguinte:

Art. 1º. Ficam restauradas as seguintes cadeiras do 1º. Grau de instrução primária para o sexo masculino.

  • 16º. No arraial de Itambé, município de Itabira. [Livro da Lei Mineira, 30/7/1850. BN-Rio]

1867 – Ata dos exames das aulas de latim e francês

A pedido. Cidade da Itabira. Ata dos exames das aulas de latim e francês da cidade da Itabira.

Aos 29 de novembro de 1866 nesta cidade da Itabira, reunidos sob a presidência do inspetor municipal, o exmo. Monsenhor José Felicíssimo do Nascimento, os examinadores professor José Theodoro de Sousa Lima, Antonio Carlos Rebello Horta Junior e professor Emílio Soares de Gouvêa Horta Junior para o fim de se proceder aos exames dos alunos das aulas de latim e francês, acharam-se presentes vinte alunos da aula de latim e nove da de francês.

Logo em princípio o professor Emílio Soares de Gouvêa Horta Junior, obtendo permissão do exmo. inspetor, leu uma breve exposição do estado de adiantamento dos alunos e resultados obtidos desde 1859, em que foi nomeado, até o presente. Em seguida foi chamada a turma do 3º. ano, composta de sete alunos, e sendo-lhes ditado um trecho extraído das obras de Tácito, e dadas as partes latinas, os alunos apresentaram suas composições repentinas.

Passaram então a ser examinados, em tradução e analise de Horácio, digo, e analise métrica de Horácio, em tradução e analise gramatical de Tito-Lívio por pontos tirados à sorte cada um dos alunos, Francisco Antonio de Assis Franco, Julio da Costa Lage, Emílio Pereira Magalhães, Alfredo Furst Junior, Manoel José Gomes Rebello Horta Junior, José Ricardo d’Horta Rebello e Henrique Dias d’Horta Rebello, sendo aprovados com distinção os alunos Emílio Pereira de Magalhães e Alfredo Furst Junior, e julgados com notável adiantamento todos os mais.

Passando-se à segunda classe, foram examinados em Eutropio os alunos Francisco Félix Pereira Junior, Jacintho Gomes Rebello Horta e João Gomes Rebello Horta, os quais bem traduziram e analisaram os pontos que lhes couberam, dando-se o mesmo relativamente à primeira classe, que se compunha dos alunos Francisco de Paula Nunes Junior, José da Silva Torres, João Alves de Castilho, Antonio Januário Carneiro de Miranda, José Pedro Drumond, Vicente Marques de Sant’Anna e Francisco de Paula Rocha, os quais bem satisfizeram na tradução e analise gramatical de capítulos do Epitome história sacra de Lhomond, tendo primeiro tanto estes como os da precedente classe feito uma composição repentina, que lhes foi separadamente ditada pelo examinador Antonio Carlos Rebello Horta Junior. Deixaram de comparecer ao exame alguns alunos por justos motivos.

No dia seguinte reunidos do mesmo modo, procedeu-se ao exame dos alunos de francês. Sendo chamados os alunos Joaquim Veríssimo da Costa Lage e Olímpio Maximiano Pereira da Silva, lhes foi ditado em português um trecho, que passaram a compor em francês, e o fizeram com a desejável correção. Depois do que, cada um dos dois alunos acima declarados e mais os seguintes: Alfredo Furst Junior e Manoel José Gomes Rebello Horta Junior, traduziram e analisaram diversos artigos do – Cours de Literature – de Noël et de la Place, de modo satisfatório.

Finalmente se fizeram perguntas sobre princípios de gramatica francesa aos alunos João Pio d’Oliveira, José Ricardo d’Horta Rebello, Henrique Dias Rebello Horta, Francisco Antonio d’Assis Franco e João Gomes Rebello Horta, que satisfatoriamente responderam. Deixaram de comparecer alguns alunos com justas razões.

E sendo findos os trabalhos, ordenou o exmo., monsenhor Inspetor Municipal que eu, examinador mais moço lavrasse a presente ata, que vai assinada por sua exc. e pelos professores José Theodoro de Sousa Lima, Emílio Soares de Gouvêa Horta Junior, e eu Antonio Carlos Rebello Horta Junior, que a escrevi e assinei. – O Inspetor Municipal, José Felicíssimo do Nascimento. – Os examinadores, José Theodoro de Souza Lima – Antonio Carlos Rebello Horta Junior. – O professor, Emílio Soares de Gouvêa Horta Junior.

Monsenhor. – É o oitavo ano em que V. exc., em obediência ao preceito legal, preside aos exames da aula de instrução secundária, confiada pelo Exmo. governo Provincial a minha direção. Em fins de 1859 ocupei a cadeira de professor público da língua latina nesta cidade, como substituto do finado reverendo João Januário Fernandes Leão. Em outubro de 1861 fui provido nas cadeiras de latim e francês, que tenho regido até hoje. O tempo decorrido de meu magistério habilita-me a dar à v. exc. resumida conta do progresso e estado da instrução secundária nesta cidade.

Reconhecidos os defeitos da lei n. 1.060 e regulamento respectivo, o legislador provincial desde 1862 tenta substitui-la por outra, que melhor organize esse tão importante ramo de serviço público. E folgo hoje de poder repetir que como legislador provincial não esquivei-me ao dever de concorrer com minha boa vontade para que Minas fosse dotada de uma boa lei de Instrução Pública.

Circunstancias, que não vem a pelo discutir, até hoje impediram a realização deste pensamento, e consequentemente tem também embaraçado a difusão e melhor organização da Instrução Pública. Não era possível que esta aula deixasse de se ressentir de tal causa. Entretanto, eficazmente auxiliado por v. exc., com justo orgulho posso hoje apreciar os resultados obtidos em meu magistério.

Releva porém antes notar que melhoras terão sido os resultados, se desde 1862 ou não me visse obrigado a ir ocupar um assento na Assembleia Provincial, obedecendo ao mandato de meus generosos comitentes; substituído sempre por professores, sem a menor dúvida tão ou mais habilitados do que eu, contudo não era possível evitar os inconvenientes repetidos das interinidades, porque a diferença de método de ensino, ainda melhor, é muitas vezes prejudicial.

Dos fins de 1859 até hoje temos obtido o seguinte resultado: A de Latim – Tem saído prontos 17 – sem concluir 30 – em estado de ser aprovados 7. A do francês – Tem saído prontos, 7 – sem concluir 10 – em estado de ser aprovados 2.

Quis a providencia que os primeiros filhos da Itabira que se foram matricular nos cursos superiores do império, saíssem destes bancos, hoje ocupados por uma mocidade não menos inteligente e estudiosa. A modéstia impõe-me o dever de não levantar consideração sobre este fato.

Terminado, exmo. Sr., este imperfeito e abreviado trabalho, deixo de proposito de repetir uma palavra de elogio a v. exc., 1º. porque é sempre suspeito o elogio do subordinado a seu superior; 2º. Porque esse elogio v. exc. o tem na própria consciência de seus longos bons serviços, e nas expressões autorizadas de todos os presidentes da Província, e muito especialmente naquele juízo do finado diretor geral da Instrução Pública o cônego Bhering, quando qualificou v. exc. ótimo entre os melhores encarregados da direção do ensino.

Permita, pois, v. exc. que como único testemunho de meu respeito e plena dedicação, reverente, beijei-lhe nas mãos. – O professor, Emílio Soares de Gouvêa Horta Junior. [Diário de Minas, 4/1/1867. BN-Rio]

1895 – Gynasio de Santa Rita Durão

Em Itabira de Matto Dentro foi inaugurado, no dia 3 do corrente, um estabelecimento de educação, denominado Gynnasio de Santa Rita Durão, sob a direção dos srs. dr. Cunha e Costa e Emílio Rouède (1848-1908), seus fundadores.

O estabelecimento foi visitado pelas principais famílias daquela cidade, as quais foi oferecido um lauto almoço, onde trocaram-se diversos brindes de congratulatórios pela realização de tão importante melhoramento. [O Pharol (Juiz de Fora -MG), 9/4/1895. BN-Rio]

Itabira do Matto Dentro Republicana

Fachada do CNSD. Jornal de Itabira, 22/1/1933

Em 1923 transferiu-se de S. Domingos do Prata para esta cidade, este acreditado Colégio, sob a direção das religiosas Missionárias de N.S. das Dores.

Em 1926 foi requerida a inspeção preliminar para efeito de equiparação à Escola Normal Modelo.

Em 1927 o governo do Estado, em vista do termo de inspeção, concedeu-lhe as regalias pedidas, das quais vem gozando até hoje.

O Colégio tem passado por reformas radicais que o tem tornado de dia para dia um dos mais bem instalados do Estado. As exigências regulamentares têm sido cumpridas rigorosamente de modo a tornarem o ensino eficiente o que faz o estabelecimento um dos acreditados da zona e quiçá do Estado.

Por ocasião de sua equiparação, em 1927, contava o estabelecimento com uma matricula de 57 alunas, nos diversos cursos, elevando-se este número a 245, em 1932. Por aí se vê o interesse que tem despertado o Colégio que tantos benefícios presta esta zona.

Possui o estabelecimento uma biblioteca com 300 volumes de consultas e literatura, para uso das professoras e alunas. Em 1931, as ex-alunas fundaram um Grêmio Litero-educativo com o fim de propugnarem pelo desenvolvimento da instrução em nossa cidade.

O seu corpo docente constituído de 17 docentes e auxiliares, é competente e cumpridor de seus deveres o que muito concorre para a eficiência de ensino ministrado no Colégio.

O estabelecimento muito se recomenda pela disciplina, ordem e higiene em todas as suas dependências e bem assim pela sadia boa alimentação fornecida ao internato.

As religiosas missionárias de N.S. das Dores, além, do modelar estabelecimento de ensino de que demos notícia acima, mantem ainda, nesta cidade, um orfanato com 42 desvalidas da sorte e em S. Barbara um abrigo com 40 velhos.

Dirige o orfanato desta cidade e bem assim o Colégio, a Madre Maria de Jesus e o asilo de velhos de S. Barbara, as irmãs Maria Madalena e Maria Josefa.

A congregação das veneráveis missionárias foi convidada para dirigir o Hospital Regional e a Escola Normal de Patos. O primeiro daqueles estabelecimentos está sob orientação das irmãs Maria Santa Clara e Maria Pia.

Os prédios onde funcionam os estabelecimentos da venerável congregação, nesta cidade, passaram por grandes reformas, em o ano passado. Além de grandes reformas no prédio do convento, que foi aumentado, ainda foram construídos: a capela, o pavilhão para as classes anexas e terminado o prédio principal com um novo pavilhão de três andares.

Possui o estabelecimento nove salas de aula, dois amplos dormitórios com lotação de 50 camas cada um e várias outras dependências. O estabelecimento dispõe de uma pequena, mas bem montada farmácia.

Os preços cobrados pelo Colégio são relativamente módicos:

Joia anual: internas e semi-internas, 30$000; externas, 20$000. Mensalidades: internas, 80$000; semi-internas, 60$000; Externas, Curso Primário, 10$000; Curso de Adaptação, 15$000 e curso Normal, 20$000. [Jornal de Itabira, 22/1/1933. BN-Rio]

Instrução em Itabira

Os itabiranos foram sempre amantíssimos da instrução. Quando as viagens aos grandes centros eram verdadeiras odisseias, os nossos estudantes as venciam, em busca dos estabelecimentos de ensino superior. As academias no Rio, mesmo no tempo em que grassavam naquela capital epidemias como a bubônica e a varíola, da Bahia e S. Paulo, foram sempre frequentados pelos nossos conterrâneos.

Tivemos, no passado, magnificas escolas. Colégios e cursos de ensino secundário aqui floresceram graças à iniciativa de patriotas abnegados e aos estímulos da população.

O Colégio de Guarda-Mor Custódio, o Curso Silveira Drummond [Escola das Palmeiras], o Ginásio Santa Rita Durão, os Colégios de Dona Joaquina Januário, o Instituto de Agronomia, o primeiro no gênero que se instalou em Minas, todos prestaram grandes benefícios à mocidade de então.

Os estabelecimentos de hoje, honram os nossos foros de cidade culta.

Por eles passou a atual geração de moços itabiranos que aqui, como alhures, tem sabido honrar o prestigio e o merecido conceito do ensino em nossa terra.

Em todas as profissões, nos vários setores da ciência, da arte e do pensamento, essa geração tem se sobressaído, atestando assim não só a tradicional aptidão intelectual de nossa gente, como a excelência de nossos educandários.

Itabira de hoje, se orgulha de sua atual geração, rica de valores, que confirmam as tradições das velhas gerações que lhe confirma as tradições das velhas gerações que lhe deram o prestigio da cidade culta.

São os seguintes estabelecimentos de ensino da cidade:

Grupo Escola Cel. José Baptista

Grupo Escolar Cel. José Baptista. Jornal de Itabira, 1933

Instalado no dia 20 de outubro de 1907, foi dos primeiros criados no Estado.

Passaram pela sua direção o prof. Emílio Magalhães, grande educador que dedicou toda a sua existência ao magistério, o sr. Braz Martins da Costa, d. Antonina Moreira Neves Colem, todos professores abalizados.

É atualmente seu diretor o prof. João de Novais que vem imprimindo ao estabelecimento uma orientação moderna, de que está ele colhendo os primeiros frutos.

As classes são em número de 21 e a matricula atual é de 693 alunos.

As aulas funcionam em dois turnos.

O Grupo Escolar Cel. José Baptista, possui um corpo docente brilhante.

As professoras são incansáveis no zelo e na dedicação pelo magistério.

Jornal de Itabira, 7/10/1933

Ginásio Municipal Sul Americano

Gynasio Sul Americano. A Noite-Rotogravura, 22/7/1941

Foi fundado em 20 de janeiro de 1923 pelo prof. Trajano Procópio de Alvarenga Monteiro, benemérito servidor do ensino em nossa terra.

Passou depois o estabelecimento a pertencer a uma empresa propedêutica, composta de professores do estabelecimento.

O Ginásio, antigo Colégio Sul Americano, com dois anos de funcionamento viu crescer a sua matricula, tanto que, em 1923 obtinha a primeira banca examinadora.

O resultado dos exames então procedidos, deu ao estabelecimento um merecido renome. Em 1928, obteve o Ginásio a fiscalização para efeitos de equiparação.

Foi o seu primeiro inspetor o dr. Lafaiete Brandão, atual secretário da interventoria Mineira.

Passaram pela diretoria do Ginásio, os seguintes professores: Trajano Procópio (3 vezes), Alfredo Sampaio (2 vezes), José de Grisolia (2 vezes) e Altivo Drummond de Andrade.

O corpo docente é composto dos seguintes professores: dr. José de Grisolia, dr. Altivo Andrade, Prof. João de Oliveira Torres, Agostinho Ildefonso, dr. Feliciano Penna, prof. Saulo Freitas, dr. Pedro Guerra, dr. Mario Barbosa, prof. José Ribeiro, dr. Demerval de Oliveira Lage, João Batista Martins da Costa, dr. Antonio A. Campos Rosa, Kay Haagensm e José Bethônico.

O Ginásio é propriedade da empresa de uma sociedade civil, administrativa para uma diretoria composta dos acionistas: dr. Altivo Drummond de Andrade, dr. Demerval Camillo de Oliveira Lage e dr. Joaquim Pedro Rosa.

A reitoria está entregue ao dr. José de Grisolia emérito professor a quem o Ginásio deve o prestigio que desfruta.

É atual inspetor o dr. Arnaldo Carneiro Viana.

Anexo ao estabelecimento funciona a Escola de Instrução Militar, sob a competente direção do Sargento Agostinho Ildefonso, o da Cunha.

Escola Normal N. S. das Dores

Esse acatado educandário é dirigido pelas Religiosas Missionárias N.S. das Dores.

Foi transferida de S. Domingos do Prata para esta cidade em 1923.

Obteve as regalias de equiparação em 1929.

No primeiro ano de funcionamento a matricula foi de 51 alunas, hoje é de 200, o que mostra progresso e o renome da referida Escola.

A Escola Normal N.S. das Dores conta com as docentes e auxiliares, sob a direção esclarecida de Madre Maria de Jesus.

Funciona em um grande e confortável prédio arejado, higiênico e preenchendo todos os requisitos pedagógicos.

É digna de louvor a operosidade inteligente da congregação que não mede esforços nem sacrifícios na realização da obra já considerável que ela vem empreendendo em nossa cidade.

Espirito dinâmico, vontade que não contem tropeços. Me. Maria de Jesus desenvolve uma preciosa atividade em benefício da sua comunidade e de seu destacado florão, que é a Escola Normal.

Escola Normal Oficial

Esta modelar casa de ensino, foi criada por Decreto Estadual, de 18 de fevereiro de 1928, pelo presidente Antonio Carlos, quando presidente da Câmara o farmo. Trajano Procópio.

Inúmeros são os benefícios que ela tem prestado e continua a prestar a nossa juventude.

A criação da Escola alterou completamente o ritmo da vida escolar em nossa cidade, tornando-a intensa e animada.

Com um corpo docente brilhante e dedicado, este está belissimamente, é um orgulho para os itabiranos.

As normalistas nela diplomadas têm-se distinguido no magistério, de que são hoje obreiras devotadas.

O corpo docente da Escola está composto dos seguintes professores: Saulo Freitas, João de Oliveira Torres, João Gonçalves de Araujo, Olímpio Domingos Cardoso, Custódio de Faria Alvim, dr. Pedro Martins Guerra, Antonio Lisboa Ferreira, Palmira Morais, d. Aulisia Mafra, Alfredo Sampaio, Francelina Pires, Dinorá Alvarenga, Geralda da Conceição Neto, Teresa Martins da Costa, Maria do Carmo Lage, Cornélia Lima e Filomena Jardim.

É diretor, o prof. Saulo Freitas, ilustre educador que tem imprimido à Escola uma sábia orientação e secretária a sta. Letícia Cardoso.

A Escola Normal Oficial tem uma matricula de 257 alunos. Os alunos mantem com muito interesse diversos clubes de leituras e associações esportivas. [Jornal de Itabira, 7/10/1933. BN-Rio]

 

 

 

 

 

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1 Comentário

  1. Quando a educação pública está direcionada apenas para um pequeno grupo de famílias, garante o futuro ruim, pobre, pobre e de baixo grau de consciência crítica. Os donos do poder da Cidadezinha garantiram o futuro deformado pobre pra Itabira. Agora, no século 21 nem mesmo as familias privilegiadas estão garantidas em luta por privilégios.

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