Itabira já aplica a 4ª dose de vacina contra a Covid-19 para quem tem mais de 40 anos, uma proteção necessária que salva vidas e evita sequelas

Foto: Carlos Cruz

Para todas as doenças, o melhor remédio é a prevenção. E para a Covid-19 a prevenção é a vacina, juntamente com os cuidados profiláticos (distanciamento social e isolamento domiciliar para quem tem sintomas, mesmo que não tenha sido testado positivo, uso de máscara e limpeza frequente das mãos, além de evitar ambientes com aglomeração de pessoas).

Em Itabira, desde terça-feira (5), a Secretaria Municipal de Saúde convoca as pessoas com idade acima de 40 anos para receberem a 4° dose da vacina contra a Covid-19.

Segundo informa, a aplicação do imunizante segue a nova dinâmica adotada pela pasta e acontece nas unidades do Programa Saúde da Família (PSFs), com atendimento por livre demanda.

Essa etapa da campanha de vacinação também contempla os profissionais da saúde (com a 4° dose) e os adolescentes de 12 a 17 anos (com a 3ª dose).

As salas de vacina da cidade continuam seguindo os critérios unificados de funcionamento, com atendimento das 8h às 15h30.

Pandemia não acabou

Embora o presidente Bolsonaro, por decreto tenha declarado o fim do Estado de Emergência em Saúde Pública, a pandemia com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) continua no país e no mundo.

E continua fazendo vítimas, embora com menor gravidade para quem está com o esquema vacinal completo, mas deixando sequelas ainda desconhecidas.

O número de pessoas infectadas, mesmo com as primeiras doses, continua em alta no país e em Itabira, como não poderia ser diferente.

Isso embora, graças às vacinas, com menor letalidade, uma vez que 70% dos brasileiros já tomaram a segunda dose.

Com isso, as duas ondas sucessivas de Ômicron não implicaram, pelo menos até aqui, em aumento do número de hospitalizações e mortes, se comparada com as ondas anteriores.

Mesmo assim, a covid-19 não foi só uma gripezinha no semestre, com registro de 52.360 óbitos no país. Os piores momentos neste ano ocorreram em fevereiro e junho, com as duas ondas de Ômicron. Foi quando ocorreu o primeiro avanço da variante, e depois, após a desobrigação do uso de máscaras, inclusive em ambientes fechados, o que coincidiu também com a chegada de novas subvariantes.

O quadro só não foi pior com a indicação de quarta dose para adultos e vacinação em crianças. É que nesse período, da versão “original” da Ômicron, a BA.1, chegou-se à BA.4 e à BA.5, cepas que driblam ainda mais o sistema imunológico e se tornam mais transmissíveis.

É o que tem feito com que pessoas infectadas há 40 dias acabam muitas vezes se reinfectando, mesmo com as vacinas mantendo a proteção e evitando casos mais graves. Mas as taxas de transmissão continuam elevadas em todo o país.

E o que é preocupante: com o vírus em circulação, quem tem a saúde fragilizada, como idosos, imunossuprimidos, ou quem tem doença grave, a doença continua matando e ou deixando sequelas graves.

Nova onda

Hoje, a segunda onda de Ômicron é mais branda, mas ainda traz impactos. “É obvio que o pior parece já ter passado, mas a pandemia não acabou. Há pessoas que se infectam várias vezes por acharem que estão vacinadas e não precisa fazer mais nada”, diz a imunologista Cristina Bonorino, consultora do comitê científico da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), em entrevista ao jornal GZH.

Segundo ela, quem pensa assim e segue displicentemente achando que a pandemia já acabou, descuidando das medidas profiláticas, e sem completar o esquema vacinal, acaba correndo riscos com os agravos da doença ou mesmo sofrendo com as sequelas, ela adverte.

Com as doses de reforço, como vem ocorrendo em Itabira com a liberação da quarta dose para quem tem mais de 40 anos, a expectativa é que as mutações moldem o vírus mesmo sendo mais transmissível, mas menos letal, como já vem acontecendo.

Com maior número de pessoas completando o esquema vacinal, menor é o risco de recrudescimento da pandemia. No país, 79% dos brasileiros já tomaram a segunda dose e a metade da população já tomou a terceira, segundo o Ministério da Saúde. A meta é aplicar três doses em 90% dos brasileiros.

Portanto, ao tomar todos as doses recomendas pelas autoridades em saúde evita-se o agravo com a doença, mesmo com a ciência ainda não sabendo precisar quanto tempo dura a proteção gerada pelas vacinas.

Cientistas avaliam que os efeitos protetivos das vacinas começam a reduzir após cinco meses depois da última dose. E que é possível se reinfectar 40 dias após pegar Covid-19.

Daí que tomar a quarta dose, sempre que recomendado, como é o caso agora em Itabira para quem tem mais de 40 anos, é uma proteção a mais necessária que salva vidas e evita o agravo por mais tempo, inclusive com sequelas ainda desconhecidas pela ciência.

 

 

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