Grandes produções cinematográficas, concorrentes ao Oscar, para assistir no fim de semana

Imagens: Divulgação

Daniel Cruz*

Seguindo o meu combinado com o leitor deste site, analisarei mais dois filmes indicados à premiação principal do Oscar.

Meu foco desta vez está nas grandes produções. O favorito é uma produção mais intimista (Ataque de cães) e já o analisei (confira aqui).

Porém, uma das muitas magias do cinema é fazer grandes cenários e movimentos de câmera impressionantes.

As duas produções analisadas a seguir são grandes de formas antagônicas. Enquanto em Duna (disponível na HBOMAX) a grandiosidade está na construção de cenas amplas, cheias de efeitos visuais sobre um planeta novo, em Amor Sublime Amor (disponível no Disney+) a grandiosidade está nos movimentos de câmeras para retratar danças com vários personagens. Bom, vamos lá?

Duna:

Duna: a primeira metade da história sendo finalmente bem contada

Sinopse: Paul Atreides é um jovem brilhante, dono de um destino além de sua compreensão. Ele deve viajar para o planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de seu povo.

Baseado no livro de mesmo nome, aqui vemos a primeira metade da história sendo finalmente bem contada. Já tentaram fazer um filme antes e, apesar de ter David Bowie, foi um desastre.

Dessa vez, a belíssima direção nos proporciona um horizonte incrível com uma fotografia de tirar o fôlego. Mescla entre momentos lentos e momentos de bastante ação.

Questões como exploração do meio ambiente e até mesmo o imperialismo podem ser debatidas aqui. Não é só um filminho de ficção, as camadas te envolvem. Um ótimo filme se você gostar do gênero Star Wars ou mesmo A chegada.

Amor, Sublime amor (West side Story)

Amor, Sublime amor, direção de Steven Spielberg

Sinopse: Amor à primeira vista acontece quando o jovem Tony vê Maria em um baile do ensino médio, em 1957, na cidade de Nova York. Seu romance florescente ajuda a alimentar o fogo entre duas gangues rivais que disputam o controle das ruas: os Jets e os Sharks.

Esse filme tinha tudo para dar errado se não fosse Steven Spielberg. O diretor nunca tinha feito um musical e escolheu justamente um musical com bastante coreografia e cenas grandes.

Para piorar o musical é um clássico da Broadway e uma versão americana de Romeu e Julieta.

O cenário político é justamente de Porto Rico ao ter demonstrado recentemente o interesse em integrar os Estados Unidos da América. Tem casamento interracial, personagem trans, machismo, xenofobia e racismo.

Quantos cuidados deveriam ser tomados para fazer esse filme? Spielberg domina a responsabilidade e tira de letra entregando um filmaço. Longo o longa, quase 2h30, porém frenético. Sempre está acontecendo algo.

Dominio do elenco, do ritmo, dos movimentos de câmera e figurino. Tudo ótimo. A única coisa que me incomodou é que por ser um filme de classificação 14 anos, lançado na plataforma da Disney, suavizaram cenas pesadas de violência física ou sexual.

É um filme que não se dispôs a ir muito a fundo ou levantar uma grande voz política. É leve, romântico, gostoso, porém previsível. Ainda assim, excelente!

*Daniel Cruz Fonseca é advogado, mestre em Direito nas relações econômicas e sociais, e poeta, autor dos livros “Nuvens Reais” e “Alma Riscada”.

 

 

 

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