Biden não quer acordo. Ele é belicista e quer a guerra
Rafael Jasovich*
Quaisquer tentativas feitas pela Ucrânia para discutir o fim da escalada com a Rússia ou para criar um ambiente propício para negociações enfrentam uma forte oposição dos EUA e do Reino Unido, cujos governos continuam a sua retórica belicosa para obter pontos políticos fáceis.
A postura ucraniana não importa. Como os últimos dias provaram, nem o presidente Biden nem a grande mídia no Ocidente se preocupam com a perspectiva ucraniana.
Notando que o presidente ucraniano Vladimir Zelensky contradiz as alegações de Biden sobre uma potencial invasão russa nos próximos dias. Como sabemos, todas as informações sobre a alegada invasão e a guerra têm vindo da inteligência dos EUA, não da Ucrânia.
Os falcões [os que defendem o uso da força militar] ucranianos reconheceram a nova realidade muito antes do impasse atual, mas temos que entender que eles nunca foram verdadeiros donos de seu próprio destino.
O fato de que o embaixador da Ucrânia em Londres foi forçado a recuar em seus comentários anteriores feitos à BBC de que o seu país está disposto a ser flexível na sua ambição de se juntar à Otan prova o meu ponto de vista. Kiev é apenas mais um peão no grande tabuleiro de xadrez usado pelos EUA para avançar seus objetivos na Europa Oriental.
Na segunda-feira (14) o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadim Pristaiko, disse que Kiev “poderia concordar” em não se juntar à Otan se isso ajudasse a acalmar a crise com a Rússia.
“Se tivermos que passar por algumas concessões sérias – isso é algo que podemos fazer, com certeza”, acrescentou o diplomata.
No entanto, os comentários de Pristaiko foram rapidamente corrigidos pela chancelaria ucraniana, com o porta-voz Oleg Nikolenko escrevendo no Twitter que as palavras de Pristaiko foram “tiradas do contexto”.
A Rússia cumpre o papel de unificador perene na política interna dos EUA uma vez que todos parecem estar de acordo com a retórica populista da Guerra Fria de ‘democracia versus autocracia’ de Biden, o que lhe permite recuperar o papel de líder do mundo livre. Isso significa muito para eles, uma vez que anseiam por reivindicar a superioridade moral sobre a Rússia bem como sobre a China.
O belicismo de Biden se mostra em toda sua imponência e isso é muito perigoso para o mundo.
*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, ativista da Anistia Internacional.
Não vai ter guerra. O Bozo resolveu a parada, convenceu o camarada Putin que o melhor é: xapralá….
todo presidente do pais que não tem nome, como diz Godard em Elogio ao Amor, precisa de uma guerra pra chamar de sua.
como se o império estadunidense precisasse dessas demonstrações festivas e mortais.
mas olha, vi um embaixador do Itamarati, Rubens Borges, acho, dando uma dura na mídia brasileira, na CNN Brasil, por se basear apenas nas informações que chegam dos eeuu.
assim pra nós aqui, os medianos cidadãos, tensos, crêem que a guerra é iminente. o que não é fato
ele disse que nos países mais importantes da Europa as análises são opostas a dos norte- americanos. não querem nem incentivam com ameças um conflito letal.
e aí, nem Rússia nem Ucrânia querem. mas biden ameaça o ataque se não houver sossego ( acordo nas condições dele, hipócrita) diplomático.
não havendo guerra, como não haverá, os fatos levam a isso, o presidente e seu pais bélico irão comemorar como se suas ameaças foram o que levaram a Rússia recuar.
deslavada mentira estratégica.
—humpf!!!
Bela análise, caro Procópio. Na Europa só a Inglaterra tem o rabinho inteiro comprometido com os asqueroso EUA, a desgraçaria do planeta.