Sol e chuva, objetos retendo água em quintais e lotes vagos, são combinações perfeitas para a proliferação do mosquito Aedes aegypti

Imagem: Reprodução 

É o que constata, mais uma vez em Itabira, o primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) do ano, realizado em janeiro – e que registra no município o maior índice de infestação dos últimos cinco anos.

O índice de infestação predial (indicador fundamental para se conhecer o cenário de proliferação nos bairros), divulgado nesta semana, é de 8,5%. O levantamento foi realizado entre os dias 17 e 21 janeiro em todos os bairros da cidade.

Com isso, é grande o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito (Dengue, Zika e Chikungunya, as principais), além de outras arboviroses como o vírus da febre amarela.

No ano passado, no mesmo período, o índice foi de 8,3%, também acima dos anos anteriores. Em janeiro de 2020, chegou a 5,3%, com registro de 5,9% em 2019, 6,7% em 2018 e 4,3% em janeiro de 2017.

Pela classificação do Ministério da Saúde (MS), índice acima de 4% significa risco de surto dessas doenças. A situação de alerta já é considerada quando o índice fica entre 1% e 3,9%. Imagine então como está a situação em Itabira, com índice de 8,5%.

Se um grande número de pessoas contrair uma das arboviroses com agravos, isso pode comprometer ainda mais o atendimento à saúde da população, já impactado com a pandemia do novo coronavírus.

Amostragem

Agende de combate a endemia aplica larvicida para eliminar focos (Foto: Divulgação/Ascom/PMI)

A investigação foi feita em 1.874 imóveis escolhidos de maneira aleatória por meio de um programa do Ministério da Saúde. Com método por amostragem, foram sorteados os bairros, quarteirões e imóveis vistoriados pelos agentes de combate às endemias.

Focos do mosquito Aedes aegypti foram encontrados em todos os bairros visitados: 30,5% estavam em recipientes possíveis de remoção (garrafas, plásticos e latas), 26,9% em recipientes como bebedouros e vasos de plantas, 18,8% em caixas d’água e tambores e 11,7% em pneus usados e abandonados sem os cuidados devidos.

Medidas necessárias

Com o levantamento, a Secretaria Municipal de Saúde vai intensificar as vistorias nas residências e estabelecimentos comerciais para que se faça um trabalho preventivo.

O objetivo é orientar a população para que elimine focos de criadouros com aplicação de larvicida, o que é feito pelos agentes de combate a endemias, além de orientar os moradores para que façam o recolhimento e também os recipientes que possam acumular água parada.

 

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