Itabira tem campanha contra a cultura machista e misógina, que faz tantas vítimas entre as mulheres

Foto ilustrativa/Reprodução

A Câmara Municipal de Itabira aprovou, na terça-feira (30), no mesmo dia da abertura da ação Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra mulheres, o projeto de lei de autoria da vereadora Rosilene Félix (MDB), que dispõe sobre medidas de segurança a serem adotadas por administradores de bares, casas de shows, restaurantes e estabelecimentos similares visando a proteção das mulheres em suas dependências.

Vereadora Rosilene Félix é autora do projeto que obriga bares e restaurantes e similares a adotarem ações de proteção às mulheres (Foto: Ascom/CMI)

A lei entra em vigor assim que for sancionada pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB).

“Que possamos desenvolver campanhas educativas ensinando aos meninos a respeitarem as meninas e essas a se imporem para serem respeitadas”, festejou a autora do projeto. “São 16 de ativismo, mas que sejam 365 dias luta pelo fim da violência contra a mulher”.

Itabira por eles

Na mesma reunião legislativa, o coordenador do grupo reflexivo Itabira por eles, Gledson Valeriano, discorreu sobre a necessidade de acabar, por meio de ações educativas voltadas para o homem, com a cultura machista e misógina que ainda predomina em sociedade.

Instituído em setembro de 2017 como meio de promover a reeducação afetiva do agressor contra a mulher, o grupo é um dos meios de se colocar em prática um dos dispositivos da Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha.

Por essa lei, o agressor é obrigado a participar de programas de reeducação afetiva e para que aprenda a ter uma convivência civilizada e respeitosa com a diferença de gênero.

Em Minas apenas três cidades dispõem de grupo reflexivo com esse objetivo: Belo Horizonte e Poços de Caldas, além de Itabira.

O resultado nessas cidades é que tem caído o número de homens agressores reincidentes, quebrando-se a cultura machista e misógina, aquela que trata a mulher com repulsa, desprezo e violência.

“Em Itabira, entre 110 homens que participaram do grupo de reflexão, apenas um reincidiu. Sem o grupo, esse índice era de 70% de reincidência”, contabiliza Valeriano, satisfeito com os resultados, que precisam ser ampliados.

“Temos em Itabira, neste ano, 300 homens aguardando para serem atendidos pelo grupo reflexivo”, disse ele ao pedir aos vereadores apoio para se abrir na cidade uma casa exclusiva para reunião e atendimento a esses agressores.

“O delegado (Helton Cota) nos informou que só neste ano temos 2 mil denúncias de violência contra a mulher sendo apuradas, além de outras 400 em fase de apuração e mais 300 já concluídas. É uma epidemia de violência contra a mulher que estamos vivendo em Itabira”, afirmou.

Daí que ele acredita na importância de se voltar mais os olhos ao agressor. Em Itabira já existe uma rede especializada de proteção e assistência à mulher em situação de violência doméstica.

“Juntamente com a reflexão, devemos investigar o que o leva certos homens a terem tanto ódio contra a mulher”, explicou o coordenador do grupo.

É assim que por meio da reflexão, juntamente com as medidas punitivas cabíveis, acredita-se ser possível mudar esse comportamento desviante e condenável sob todos os aspectos.

“Uma lei aprovada recentemente proíbe homens que cometem violência contra a mulher de ocuparem cargos públicos”, relacionou o coordenador como medida coercitiva complementar à reeducação do agressor.

Lançamento da ação Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra mulheres, no Centro Cultural (Foto: Ascom/PMI)

Campanha

Na abertura da ação Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra mulheres, foi feita a convocação aos homens de Itabira para que assumam o compromisso no enfrentamento às várias formas de violência contra a mulher.

De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Elson Alípio Júnior, a campanha ganha dimensão maior quando os homens passam a discutir o tema com amigos, familiares, vizinhos, mudando o comportamento.

“No plano de metas (do governo Marco Antônio Lage) há dois programas para a pauta: o Itabira Protegida e o Itabira Delas, que visam construir ações de empoderamento, geração de renda e proteção às mulheres e meninas da nossa cidade”, informou o secretário.

 

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1 Comentário

  1. Agora é preciso ficar atentas nos gays, são misogenas muito, muito, muito pior do que os mascus. Gay é perigoso por que odeiam mulheres, odeiam trans, só não odeiam LUXO e maiame. Abaixo os gays e vivas as bichas.

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