Subsidiária da Vale investirá R$ 4,4 bi para reduzir rejeitos em Minas Gerais
Mineração em Dia – Em meio às discussões envolvendo chefes de Estado de todo o mundo sobre as ações contra as mudanças climáticas no planeta, na COP26, na Escócia, o setor de mineração anunciou importante investimento para tornar a atividade mais sustentável em Minas Gerais.
Um protocolo de intenções foi assinado entre a empresa New Steel e o Governo de Minas, por meio da Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior de Minas (Indi), com previsão de investimentos de R$ 4,4 bilhões. Os recursos serão aplicados na implantação de um processo inovador que reduz drasticamente o impacto ambiental da atividade e prolonga a vida útil das minas.
A implementação do novo processo promete, ainda, gerar empregos e mais arrecadação em três municípios mineiros. A chamada “tecnologia de concentração de minério a seco” será aplicada em três plantas da Vale: as minas de Fábrica, em Congonhas; Fazendão, em Mariana; e Vargem Grande, em Itabirito, que já iniciou as obras de implantação e deve começar a funcionar em 2024. As outras duas devem entrar em operação até 2026.
O gerente de engenharia de projetos da empresa, Henrique Hauck, explica quais as principais vantagens desse processo em relação à mineração tradicional. “Primeiramente, esse método possibilita aproveitar materiais com baixa concentração de ferro, que não são viáveis no processo convencional. A nova tecnologia também praticamente não utiliza água”, explica.
“Nela, os rejeitos são gerados a seco no fim do processo e depositados em pilhas, dispensando o uso de barragens. Além de mais sustentável, esse novo processo ainda tem a capacidade de gerar minérios com grandes teores de ferro, que são mais valorizados no mercado internacional”, destaca.
O planejamento foi detalhado pelos representantes da companhia, junto ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, ao diretor-presidente do Indi, João Paulo Braga, e a outros diretores da agência. Serão cerca de mil empregos diretos gerados na construção das novas plantas industriais.
As três unidades terão, somadas, cerca de 550 postos de trabalho permanentes quando estiverem em funcionamento. O analista do Indi, Miller Gazola, que participou das articulações para o protocolo de intenções, destaca outra importante consequência da implementação dessa nova tecnologia nas plantas hoje em funcionamento.
“O processo da New Steel prolonga o período de funcionamento das minas por até 20 anos. Isso evita com que o município sofra um impacto significativo na economia local, mantendo a arrecadação de impostos e os empregos ainda por um bom período. É um projeto que coloca Minas Gerais na liderança da inovação da mineração no mundo”, complementa.
E o que intriga é que nestas conversas articulatórias Itabira que deveria ser a protagonista, sempre fica no suspense . Não se entende o porque de ocultar tanto sobre os reais potenciais e demais recursos que a cidade ainda tem a oferecer . Até parece que Itabira é o patinho feio da empresa .
Este mesmo sentimento tive ao ler uma entrevista de Eliezer Batista, o engenheiro brasileiro, quando cita Itabira é quase que por acaso, no mais o silêncio ao nome ITABIRA.