Acuado, Jair Bolsonaro vai prorrogar o auxílio emergencial

Rafael Jasovich*

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contou que se reuniu com o ministro da Economia Paulo Guedes para definirem o valor do auxílio emergencial.

Sem dar muitos detalhes, Bolsonaro afirmou, na segunda-feira (18), em São Roque de Minas onde participou da “Jornada das Águas”, que ainda nesta semana decide sobre a prorrogação do benefício – e disse que já “bateu o martelo sobre o valor”.

“Se Deus quiser, nós resolveremos nesta semana a extensão do auxílio emergencial. Como devemos resolver também a questão do preço do diesel. As soluções não são fáceis, mas temos a obrigação de mostrar a origem do problema e como resolvê-lo. Sabemos que o mundo todo está tendo uma inflação”, afirmou.

Quem ainda resiste, mas sem muita possibilidade de fazer valer sua opinião contrária é o ministro Paulo Guedes.

“O ideal é que todos tivessem o seu ganha pão, mas sabemos que a pandemia agravou a situação. Não somos insensíveis aos mais necessitados”, completou o presidente.

O pagamento do auxilio emergencial terminou em outubro e o plano do Governo Federal já era emendar com a criação do Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família.

No entanto, a criação do programa que deve pagar um benefício de R$ 400 está condicionada às aprovações da PEC das Precatórias e da reforma do Imposto de Renda que ainda não foram aprovadas pelo Congresso.

Prorrogação

Bolsonaro voltou a justificar a alta dos preços como um sintoma da economia global que tem afetado até mesmo países de primeiro mundo. Ele também criticou governadores e prefeitos que fecharam o comércio com o que chama de “política do fica em casa”.

Mais uma vez jogou a culpa nos governadores e atacou as medidas científicas de combate à pandemia.

O anúncio do valor do auxílio emergencial era para ser anunciado nessa quarta-feira (20). Estava tudo preparado para o anúncio, mas horas antes o evento foi cancelado.

Guedes resiste, o capitão insiste e o caso está virando uma novela e tanto. No ato final, Bolsonaro ganha e o auxilio Brasil sai por 400 reais. É mais uma cartada para crescer nas pesquisas, nas quais ele tem tido viés de baixa.

*Rafael Jasovich é jornalista e advogado, membro da Anistia Internacional.

Com informações do jornal O Tempo.

 

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