População de Itabira deve se precaver com os deslizamentos de encostas, alerta grupo de Gestão de Riscos e Desastres

Todos os anos a história se repete em Minas Gerais assim que tem início o período chuvoso, agravando-se mais ainda quando a terra fica encharcada e os deslizamentos têm sido inevitáveis pela falta de ações preventivas.

Em Itabira, a situação não é diferente do que ocorre na maioria das cidades mineiras montanhosas e íngremes. Sem planejamento e fiscalização, ao ponto de impedir as ocupações irregulares em locais onde nunca deveriam ser edificadas, a população pobre é que sofre as consequências.

Como os deslizamentos de encostas, transbordamento de canais e alagamentos, assim como as quedas de árvores certamente voltarão a ocorrer, é preciso definir estratégias com respostas rápidas para os atendimentos emergenciais – e agir com vistorias para retirar residências em áreas de risco, antes que o pior aconteça.

Foi para definir e planejar essas ações conjuntas que se reuniu, nessa quarta-feira (13), o Grupo de Gestão de Riscos e Desastres (GGIRD), formado por representantes de diversas secretarias municipais, autarquias, empresas e órgãos de segurança.

O GGIRD foi instituído no início deste ano para cuidar dos atendimentos emergenciais. Teve, inclusive, atuação importante no atendimento aos atingidos pela enchente em Santa Maria, em março deste ano.

A reunião, assim que começou o período chuvoso, foi convocada justamente para planejar os meios e as condições para que sejam dadas respostas rápidas às situações críticas na cidade – e também nos distritos e povoados – durante o período chuvoso, já em curso.

Marco Antônio pede respostas rápidas, e organizadas, em casos de emergências com as chuvas (Fotos: Ascom/PMI)

Precaução

Para o prefeito Marco Antônio Lage, que participou da reunião do GGIRD no auditório da Prefeitura, o momento é de planejar as ações emergenciais necessárias, procurando reduzir e mitigar as situações de riscos. Mas, sobretudo, para dar respostas rápidas em casos emergenciais.

“Precisamos ter uma estrutura pronta para responder às demandas imediatas. E, a médio e longo prazo, diminuir os riscos para a população”, prescreveu o prefeito.

Isso enquanto as secretarias de Obras e Desenvolvimento Urbano devem dispor de projetos, muitos já em curso, de urbanização e erradicação de situações de riscos com estruturas necessárias e urgentes.

Na reunião, os participantes foram informados das medidas já em curso para evitar enchentes nos canais da cidade e alagamentos nas áreas mais baixas. Foram feitas limpezas de galerias, bocas de lobo.

Nas situações de emergências, as secretarias, autarquias e empresas participantes devem agir conjuntamente, inclusive com participação do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Vale e Cemig.

Prioridades

Durante o período chuvoso haverá plantões permanentes, com todas as equipes de prontidão a partir desta sexta-feira (15).

As equipes ficam mobilizadas até o final de março de 2022. Os plantões ocorrerão a partir de 18h das sextas-feiras, permanecendo até 8h das segundas-feiras até o fim das chuvas, fechando o verão.

Os atendimentos prioritários durante os plantões serão das emergências. As demandas que fugirem dessa classificação serão atendidas nos dias úteis, segundo explicou a coordenadora Nilma Castro, da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec).

Serviço

Para acionar a Defesa Civil em caso de alagamentos, destelhamentos, queda de árvores, deslizamentos de encostas e risco de desmoronamento de imóveis ligue: 3839-2147, 98294-6273 e 199 (plantão).

Já o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 193.

 

 

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