Sindicalista pede a Marco Antônio Lage que vete a volta às aulas presenciais nas escolas estaduais em Itabira

Na manifestação de Itabira contra a política e pelo impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido), neste sábado (19), não faltaram também críticas ao governador Romeu Zema (Novo), que é aliado de primeira hora do presidente.

“O governador de Minas Gerais fez tudo para voltar com as aulas presenciais. O sindicato ganhou uma liminar, mas ela caiu porque dois desembargadores mudaram os seus votos”, protestou a coordenadora em Itabira do Sindi-UTE/MG, Vanderléia de Freitas.

A previsão é de as aulas presenciais retornarem nas escolas estaduais na segunda-feira (21), para os alunos do 1º ao 5º ano. “Será que as escolas estão preparadas para o retorno em plena pandemia, sem vacinar os trabalhadores da Educação”, questionou a sindicalista.

A sindicalista pede ao prefeito Marco Antônio Lage (PSB) para que impeça esse retorno no município, em “defesa da vida”. “Fazemos um apelo ao prefeito para que baixe um decreto e não permita a volta das aulas presenciais nas escolas estaduais em Itabira.”

Na manifestação, a sindicalista Vanderléia de Freitas pediu ao prefeito para impedir a volta às aulas presenciais nas escolas estaduais de Itabira

Segundo ela, legalmente o prefeito pode tomar essa decisão, uma vez que tem autonomia municipal para ser mais restritivo em relação às decisões do governador no enfrentamento à pandemia.

“Não podemos ser negacionistas e aceitar esse retorno sem que todos estejam vacinados”, condicionou a sindicalista, assim como fez Marco Antônio Lage ainda no início de seu governo.

A sindicalista diz torcer para que o prefeito de Itabira não siga a postura negacionista de Bolsonaro e Zema, que, mesmo tendo informações dos riscos de uma terceira onda, seguem menosprezando a pandemia e as mortes por Covid-19, apostando na genocida tese da “imunidade de rebanho”.

Em Itabira, desde o início do ano já se tem transmissão comunitária da variante gama (P.1), que foi primeiramente identificada em Manaus (AM), tendo se espalhado rapidamente pelo país e para o mundo – assim como está presente a variante zeta (P.2), entre outras cepas igualmente perigosas.

Ambas possuem a mutação E484 na proteína S (spike) do vírus, o que as tornam mais agressivas e infectantes. São essas variantes que explicam o agravamento da pandemia no município em dezembro e que permanece no município, podendo ser agravada no inverno.

Saiba mais: Desde dezembro, Itabira já tem transmissão comunitária da variante P.1, com aumento vertiginoso de novos casos e óbitos

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