Perigo em todos os bairros: além da pandemia da Covid-19, a dengue já assusta Itabira
No país, se não bastasse a crise sanitária com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), um velho inimigo da saúde é também ameaça em Itabira, assim como na maioria das cidades brasileiras: o mosquito Aedes aegypti tem feito suas vítimas na cidade, o que leva as autoridades a fazer mais um alerta de ameaça de surto de dengue, zika e chikungunya.

Se o combate ao mosquito não for efetivo, e realizado em toda cidade, a eclosão dessas doenças pode agravar ainda mais a situação de saúde na cidade.
E se assim ocorrer, com mais pessoas infectadas, o resultado será o colapso do sistema de saúde, que se prepara para o avanço da pandemia do novo coronavírus nos próximos dias, com a chegada do frio.
Portanto, é preciso que cada morador faça a sua parte para erradicar os focos do mosquito. Para isso é preciso manter os quintais e jardins sem objetos que acumulem água.
É imprescindível, também, vedar as caixas d´água e eliminar todo recipiente que possa facilitar a eclosão do mosquito que se reproduz e se espalha rapidamente para infectar os incautos moradores.
O alerta é da superintendente municipal de Vigilância em Saúde, Thereza Andrade Horta. Segundo ela, pelo último levantamento da Prefeitura, o número de casos até o dia 12 de maio acumula 759 notificações, com 360 casos positivos de dengue e um de chikungunya.
Representa aumento de 349% de casos de dengue em comparação com o mesmo período do ano passado, indicativo esse que já chegou a 460% de aumento, conforme relatório anterior.
Mosquito está por toda cidade, principalmente nas residências

“Precisamos dar destinação correta aos inservíveis e não deixa-los acumulando água nos domicílios”, diz a superintendente, que ressalta ainda que 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências.
De acordo com o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), realizado em Itabira entre os dias 13 e 17 de janeiro, o índice médio de infestação na cidade é de 5,3%. A pesquisa foi realizada em mais de 2 mil domicílios.
Somente índices inferiores a 1% são considerados satisfatórios, enquanto índices entre 1% a 3,9% indicam uma situação de alerta. Com índice médio de 5,3%, como é o caso de Itabira, o sinal vermelho é acionado.

O perigo está em toda cidade, com sério risco de surto das doenças derivadas da picada do mosquito.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices superiores a 4%, como tem ocorrido todos os anos em Itabira, é um claro indicativo de risco de surto dessas doenças.
Para cuidar da saúde da população, todos devem estar empenhados. É preciso que os moradores engajem nesta guerra de combate aos focos do mosquito, que não escolhe cor, idade, sexo ou classe social para picar e propagar essas temíveis doenças que enfraquecem o cidadão, podendo inclusive levar ao óbito.
Somente com os cuidados de limpeza e eliminação de focos do mosquito essas epidemias não irão abarrotar ainda mais os serviços de saúde, agravando o atendimento à população em tempo de proliferação da pandemia da Covid-19.
“Vede a caixa d’água, dispense o lixo doméstico em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada. Verifique se não tem água acumulada na laje e encha com areia até a borda os vasos de planta. Não deixe nada que possa acumular água nos jardins e quintais”, pede a superintendente municipal de Vigilância em Saúde. “Evitar o surto dessas doenças depende de ações preventivas de toda população”, conclama Thereza Andrade Horta.