Volta às aulas somente após passar o pique da pandemia da Covid-19

As 27 escolas municipais e os 20 centros municipais de educação infantil mantidos pela Prefeitura de Itabira permanecem com as aulas suspensas por tempo indeterminado, informa a Secretaria Municipal de Educação (SME).

A suspensão segue recomendação da Organização Mundial da Saúde, do Ministério e da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.

Pelo mesmo motivo de conter, ou pelo menos amenizar, o pico das infecções pelo coronavírus (Covid-19), encontram-se também fechadas as escolas estaduais, assim como as particulares, incluídos todos os estabelecimentos de ensino.

Em Minas Gerais, a suspensão irá perdurar enquanto estiver valendo o decreto de Situação de Emergência em Saúde Pública, assinado em 13 de março pelo governador Romeu Zema (Novo).

A SME informa ainda que a reposição ou antecipação das férias escolares aguardam diretrizes do Ministério da Educação (MEC).

Juntamente com as secretarias estaduais de educação, o MEC avalia flexibilizar o calendário letivo da educação básica para 2020, que prevê o mínimo de 200 dias letivos por ano, conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).

Dilema é como ocupar o tempo das crianças e suprir a merenda escolar com pais desempregados

Salas irão continuar vazias em quase todo o país enquanto não passar o pico da pandemia nos próximos dias

A suspensão das aulas segue a mesma estratégia de manter o distanciamento social para reduzir o risco de transmissão. Como se sabe, o país já está tendo contaminação comunitária. Trata-se da transmissão em que o contágio ocorre entre os próprios moradores – e não mais só por meio de pessoas vindas de outros países.

Daí a necessidade de se ter um conjunto de medidas mais rigorosas para reduzir a velocidade do avanço da epidemia e assim impedir que o sistema de saúde entre em colapso. A antecipação das férias escolares se insere nesse contexto.

Dificuldades

A suspensão das aulas tem sido um grande problema social para muitas famílias. Isso não só por não terem como ocupar as crianças criativamente em casa. Ma também, na maioria dos casos, pela falta da merenda escolar, que para muitas crianças é uma questão de subsistência. Com isso, elas ficam mais vulneráveis nutricionalmente e psicologicamente.

Além disso, pesquisadores já indicam o aumento da violência doméstica, com abusos físicos e emocionais que muitas crianças são submetidas em casa.

Os pais também estão estressados pela falta de emprego ou mesmo por não terem como prosseguir com o trabalho informal, única fonte de renda. São questões que as secretarias de Educação e Ação Social devem dar respostas para pelo menos amenizar essa situação, de forma conjunta e integrada.

As “férias escolares antecipadas” têm ocorrido em quse todo mundo. Embora sejam menos vulneráveis, as crianças podem funcionar como vetores da doença, agravando o quadro de saúde dentro da família, principalmente dos parentes mais idosos.

O adiamento da volta às aulas é decisão acertada para conter a velocidade da disseminação do vírus. Que seja breve. Mas para isso é imprescindível que todos contribuam, ficando em casa enquanto não passar o pico da pandemia.

 

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