Neidson diz que irá pedir suspensão das reuniões da Câmara sempre que algum manifestante impedir que defenda o governo
Líder do governo, o vereador Neidson Freitas (PP) disse ser inadmissível que a diretoria da Casa continue permitindo que algum manifestante tumultue as reuniões ordinárias, como ocorreu na sessão de terça-feira (27), quando foi impedido de manifestar seu ponto de vista em defesa do governo por um manifestante mais exaltado.
Em decorrência, o parlamentar situacionista acabou batendo boca com o manifestante, momento em que apresentava as ações do governo em debate com o vereador oposicionista Weverton “Vetão” Andrade (PSB). Impedido de se manifestar livremente, de acordo com a sua prerrogativa parlamentar, Freitas pediu a suspensão da reunião e a retirada do manifestante do plenário.
De acordo com o vereador, esse tipo de manifestação tem sido orquestrado para impedir que a bancada situacionista se manifeste livremente na defesa do governo municipal. “A oposição faz críticas contundentes e quando vamos nos posicionar para mostrar o outro lado, existe um grupo organizado para não permitir que isso ocorra”, protestou no plenário.
Para ele, o debate com a oposição é saudável, democrático e necessário. “Mas as pessoas que acompanham as nossas reuniões precisam entender que tem limite. A Câmara é a casa do povo, mas não se pode fazer o que bem entende nem mesmo na casa da gente, muito menos aqui onde temos um regulamento que precisa ser respeitado.”
Conforme entende o vereador, alguns manifestantes não defendem ideias ou propostas, mas se manifestam com o intuito de tumultuar as reuniões. “Essas pessoas estão prestando um desserviço à democracia, só querem ouvir um lado, que é a oposição que elas apoiam sabe-se lá a troco de quê” questionou o parlamentar.
“Esse tipo de atitude precisa ser coibido. A direção da Casa tem o dever de tomar providências urgentes, até mesmo impedindo que essas pessoas tenham acesso às sessões plenárias”, cobrou do presidente da Câmara, vereador Heraldo Noronha (PTB).
“Estão chegando as eleições e já tem um grupo organizado e orquestrado para impedir a livre manifestação dos vereadores da situação. Vereadores de oposição podem falar à vontade, mas quando vamos contrapor, somos vaiados e impedidos de expor nosso pensamento”, indignou-se.
“Estou me sentindo tolhido em minha atividade parlamentar, por isso pedi a suspensão temporária da reunião. E farei isso todas as vezes que essa situação voltar a ocorrer”, adiantou. “Esse comportamento agressivo do público é inadmissível em qualquer parlamento. Não se pode impedir que o parlamentar exerça livremente o seu mandato.”
Ainda de acordo com Neidson, alguns manifestantes estão sendo pagos para tumultuar as reuniões e denegrir a imagem da Câmara. Ele, porém, não quis nomear quem está pagando pelas manifestações agressivas ao parlamentar. “Se eu soubesse, e tivesse provas, já teria denunciado à Justiça.”
Embate
A interrupção da reunião ocorreu quando o vereador situacionista debatia, em clima acalorado com o vereador Vetão a conjuntura política na cidade. Para Neidson Freitas, o governo tem feito o que é possível diante da crise que ainda vigora na Prefeitura.
“O debate com a oposição é salutar e tem de ocorrer. Mas muitas vezes o vereador (da oposição) fala mentiras. E quando vamos nos posicionar e mostrar o outro lado, somos tolhidos em nossa liberdade de expressão.”
O vereador contesta as críticas recorrentes da oposição. “Vetão parece viver em outra cidade. Para ele, nada funciona no governo, quando isso não é verdade. Muitas coisas boas estão ocorrendo, mesmo com as dificuldades que a administração municipal tem enfrentado desde o início desta gestão.”
Entre os pontos positivos, o líder do governo relacionou o pagamento em dia dos salários dos servidores, o que, segundo ele, não tem ocorrido em muitos municípios mineiros. “Dizem que as estradas rurais estão intransitáveis, quando temos mais de 2,4 mil quilômetros de estradas patroladas”, relacionou.
Ele citou ainda o esforço do governo em reduzir o déficit habitacional na cidade, com a construção de 400 moradias populares, que estão para ser entregues – e de outras 700 que serão construídas pela Caixa Econômica Federal (CEF), com contrapartida do governo na execução da infraestrutura urbana como forma de baratear os custos.
“E quando vamos apresentar esses bons resultados, não nos deixam falar, com xingamentos que acabam prejudicando o nosso raciocínio. Essas pessoas veem a esta Casa com o claro intuito de nos desestabilizar emocionalmente e impedir o nosso trabalho parlamentar.”
Outro lado
Já o vereador Weverton “Vetão” Andrade disse que discorda do cerceamento da livre manifestação de qualquer parlamentar nas sessões plenárias. “Parte do público interviu de forma errada”, reconheceu. “O público tem o direito de manifestar, mas sem cercear o trabalho parlamentar”, defendeu.
“O vereador Neidson estava falando e houve o cerceamento de sua fala e isso não pode acontecer. O vereador tem de ser respeitado pelo público, mas entre nós é absolutamente democrático que ocorra o debate, muitas vezes de forma acalorada.”
Mas isso, disse o oposicionista, não o impede de continuar fazendo críticas contundentes ao governo pela inoperância e pela opção política preferencial por quem “custeou a campanha” vitoriosa do prefeito Ronaldo Magalhães (PTB) na última eleição.
Ele disse, por exemplo, que o governo agiu com truculência e não teve sensibilidade social ao demitir 160 rondantes da Itaurb, substituídos por sistema eletrônico de vigilância.
“O que vemos é o esforço midiático do prefeito com dinheiro público visando à reeleição. E quando colocamos isso em plenário, a reação do líder do governo é de irritação. Ele não admite críticas”, salientou o vereador oposicionista.
Vetão informou que encaminhou diversas denúncias de malversação do dinheiro público pelo governo, como o abandono de patrimônio público no Parque Natural Municipal Ribeirão de São José e de outras áreas públicas, que estão sem vigilantes.
“Denunciamos também o empréstimo de R$ 45 milhões, contraído por meio de um processo que contém vício, que o governo diz que é para fazer heliporto e abrir a avenida Espigão. Estamos aguardando a atuação do Ministério Público para que instaure os procedimentos cabíveis para coibir esses abusos”, cobrou o vereador oposicionista.
autoritário neo-fascista.
Se […A Câmara é a casa do povo, mas não se pode fazer o que bem entende nem mesmo na casa da gente, muito menos aqui onde temos um regulamento que precisa ser respeitado.”]
A casa é do POVO, mas o vereador não sabe o que é POVO, e acha que a casa é dele e não faz ideia do que seja DEMOCRACIA. A CMI é um esculacho, tudo semi-analfa e, se o Leão der uma boa batida nas declarações de IR, creio encontrará muita coisa boa pra nos contar.
O vereador poderia pesquisar sobre roubo de carga na cidade, eis uma dica democrática. E o comercio de drogas nas bandas do Campestre… simples assim.