Festas juninas exigem cuidados com a rede elétrica e com a vegetação para não pegar fogo
Nas homenagens a São João, “saltar fogueira” é uma tradição católica. Surgiu com a acolhida pela igreja do costume dos povos do hemisfério norte de comemorar a chegada do período de colheita do milho, no mês de junho.
Trata-se de um louvor a São João, sendo a fogueira um símbolo que marca o seu nascimento. Como no Brasil a festa foi “acolhida” pela religião católica, o costume de acender a fogueira no dia 24 de junho passou a ser um louvor a São João. E a fogueira tornou-se o símbolo do seu nascimento.
São João Evangelista foi um dos doze apóstolos de J. Cristo – e era o mais jovem, irmão de Tiago, outro apóstolo a seguir o filho de Deus.

A tradição cristã conta que o costume de se acender fogueiras surgiu para que Maria, mãe de Jesus, comunicasse a José, seu noivo, o nascimento do filho de Isabel, sua prima, que estava grávida de João Batista. Maria estava isolada numa montanha de Judá, conta a tradição católica.
Mas, como se sabe, com o fogo não se brinca. Assim, é preciso muitos cuidados para acender fogueiras nas ruas, escolas, nos sítios, nas residências.
Sem controle, elas podem provocar queimadas nesse tempo seco, com grandes estragos para o meio ambiente. E, também, na rede elétrica, se for montada perto da fiação.
Com essas preocupações, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) apresenta alguns cuidados que precisam ser tomados nas instalações das fogueiras.
Em vias públicas e praças, os enfeites e ornamentos precisam ser instalados longe das redes de energia. Afinal, fogo não combina com eletricidade e nem com mato seco.
Portanto, recomenda-se que as fogueiras não fiquem embaixo de redes elétricas ou linhas de transmissão. “E que figuem também longe da vegetação”, orienta o engenheiro de segurança da Cemig, Demétrio Aguiar. “O ideal é acender fogueiras em locais descampados, manuseadas sempre por adultos.”
Outra recomendação importante: as linhas de sustentação das bandeirinhas devem ser feitas de barbante ou linha de pesca, nunca de arame ou fio metálico.
Ligações provisórias

Além disso, festas em praça pública necessitam de energia elétrica para alimentar barracas e sistemas de iluminação e som.
Para isso, é preciso solicitar a ligação provisória com antecedência mínima de 48 horas junto a Cemig.
Ligações clandestinas (gatos), nem pensar. Além de ser crime, podem causar acidentes graves.
As barracas devem ter suas instalações elétricas protegidas por um disjuntor e o serviço deve ser sempre feito por um eletricista profissional.
A fiação deve ser disposta de forma que fique protegida para não haver o risco de energização acidental da estrutura das barracas.
Acidentes
A Cemig orienta que, em caso de ocorrência com a rede elétrica externa, a ligar imediatamente para a central de atendimento ao cliente Fale com a Cemig – 116.
Recomendações importantes
- Para a instalação das bandeirinhas em ruas e praças respeite a distância mínima de 1,5 metro em relação à rede elétrica. O ideal é manter uma distância bem maior.
- Não instale as bandeirinhas e demais enfeites utilizando os postes e pontaletes de padrão da Cemig como forma de fixação dos mesmos.
- Não utilize arame ou fio metálico para afixar bandeirinhas e demais enfeites.
- Todos os enfeites devem ser bem afixados, para que o vento não os projete contra a fiação da rede elétrica, provocando acidentes graves.
- Não solte balões. Eles podem provocar incêndios e danos aos equipamentos do sistema elétrico. Soltar balão é crime.
- Não solte fogos de artifício próximos das redes elétricas. A prática somente deve ser feita por adultos.
- Não faça ligações clandestinas (gatos). Se for necessário, solicite junto a Cemig uma ligação provisória.
- A instalação elétrica das barracas deve ser feita por eletricista profissional, dispostas de forma protegida contra esforços mecânicos e protegidas por disjuntor termomagnético.
- Não se aproxime de fios partidos caídos ao solo ou dependurados nos postes de energia. Impeça que outras pessoas se aproximem e avise imediatamente a Cemig, por meio do Fale com a Cemig – 116