E se ainda chover ouro em Itabira?

Mauro Andrade Moura

No ano de 1979 teve início mais uma grande crise no Brasil. Faltava combustível, a inflação estava galopante e o desemprego ressurgia com toda a força. Em 1980 começou o colapso no Leste-Europeu, os países comunistas começaram a quebrar e aconteceu o caso das “Polonésias”, as tais notas promissórias de empréstimos que venceram e a Polônia não pagou ao Brasil. Como se vê essa história de o país levar calote externo não é de agora.

Tudo isso abalou muito a já combalida economia brasileira. Aumentou o subemprego, ou seja, empregos pela metade do salário e sem a carteira de trabalho assinada. Abriram-se frentes de trabalho para o trabalhador desemprego pelo menos ter o que comer. No porto de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo, a Vale aceitou abrir uma frente de trabalho para os desempregados retornarem com o minério que caia ao chão na hora de embarcar nos navios. No muque, como no início da mineração em Itabira, esses desempregados voltavam com o minério para o carregamento.

De 1981 a 1982 foi a vez do México quebrar. Como era grande devedor do Brasil, a situação por aqui se agravou. A economia que já era recessiva, ficou mais caótica de vez lá e cá.

Em 1983, o Brasil não aguentou tanta política econômica equivocada e quebrou, mais uma vez. Veio o Fundo Monetário Internacional (FMI), que passou a ditar, quase sem intermediários, a política econômica no país. Com o caos econômico, e com povo na rua exigindo diretas já para presidente, a ditadura agonizante decreta Estado de Emergência, com a suspensão da liberdade de reunião e associação. Promove busca e apreensão em domicílios, com os generais prendendo e arrebentando.

Delfim Neto, ministro da Fazenda, cria os impostos dos supérfluos. Tudo que fosse além de comida. e remédio, passou a pagar mais impostos – impostos diretos, diga-se, aquele que todo povo brasileiro paga indistintamente, seja ele pobre (a grande maioria) ou rico, indistintamente. Já os impostos indiretos continuaram os mesmos desde sempre, intocáveis e sonegados. O certo é que a vida do brasileiro ficou mais cara ainda.

À sombra de Carajás, surge ouro no Minervino

Na grota do Minervino, onde choveu ouro em Itabira (Fotos: Eduardo Cruz)

Em 1983, com a Vale já se preparando para abrir as minas de Carajás, no estado do Pará, o que só veio a ocorrer em 1986, como não havia muita mão de obra qualificada por lá, a solução foi transferir boa parte dos operários que trabalhavam aqui para lá. Mesmo porque já não havia muitos empregos por aqui – e os melhores salários eram os pagos pela mineradora.

No Pará abundavam empregos, como ainda hoje. A hematita era bruta, como ainda é, concentrada de puro ferro, como a que existia no Cauê, que por aqui já se tornava escassa. O pico virou uma enorme cava, um grande buraco com dois quilômetros de largura e 300 metros de profundidade, uma verdadeira garganta profunda.

Após a concentração do minério na usina, o rejeito era lançado na grota do Minervino, logo no início da barragem do Pontal. Era a sobra de minério que, agora, quando as minas daqui se exaurem, a Vale já pensa explorar para nada se perder.

A crise só aumentava. A Prefeitura pouco recebia do imposto da mineração, havia um tal de Imposto Único sobre Minerais (IUM), do qual o Estado abocanhava a maior parte – sobravam migalhas para os municípios que ficavam com os buracos, a poeira, a degradação paisagística, como ainda hoje contemplamos –e respiramos – na Cidadezinha Qualquer.

O comércio já não funcionava bem, tudo era vendido na caderneta ou fichas e o atraso nos pagamentos era constante. Uma baita crise, que nem se compara com a de hoje. Além do desemprego, para os que ainda trabalhavam, os salários eram extremamente baixos.

Foi quando alguns desempregados descobriram que havia ouro no Pontal. E resolveram faiscar no rejeito da Vale, na grota do Minervino. Chegaram aos poucos, primeiro, os desempregados de Itabira. Ainda sem saber como batear, iam separando, aos poucos, as partículas de ouro incrustado no resto do itabirito rejeitado pela Vale.

Homens, mulheres, crianças, todos juntos e misturados na grota do Minervino

Com esse minguado ouro, garantiam um dinheiro para a sobrevivência, para comer e pagar as contas mais ou menos em dia. A descoberta do ouro foi  pouco a pouco se espalhando. Mais desempregados de cidades vizinhas, e de alhures, começaram a chegar também, afinal o garimpo é livre.

E assim se formou uma grande frente de trabalho. E a grota do Minervino virou um grande garimpo a céu aberto. A notícia se espalhou rapidinho tal qual rastro de pólvora. E vieram mais garimpeiros para cá. E claro, como todo aglomerado humano, gente do bem e do mal.

No início, a Vale desdenhou do garimpo. Achava que não ia durar muito. Logo quando a Vale viu que estavam entrando em seu “quintal” para tirar ouro, o então superintendente Mário Pierre, em entrevista ao jornal O Cometa, disse que era perda de tempo, que o ouro era pouco, não ia durar muito tempo. “O ouro representa menos de 0,000000005 gramas por tonelada de rejeito”, afirmou o super da Vale na ocasião.

Os ditos garimpeiros não quiseram saber – e continuaram bateando, bateando. A cidade não tinha esses profissionais, os que vieram de fora ensinaram os daqui a usar carpetes que retinham o metal e assim foram extraindo os míseros grãos de ouro. Aprenderam a garimpar pela necessidade do trabalho, que não havia mais pelos meios tradicionais. E assim, garantiam um dinheiro para a sobreviverem, para comer e pagar as contas mais ou menos em dia.

No auge do garimpo, calcula-se que algo bem acima de 5 mil garimpeiros, tal qual formigueiro, bateavam na grota do Minervino. As condições de trabalho eram insalubres e muitos armaram barraca e passaram a viver por lá.

A Vale quis reprimir duramente, queria de todo jeito que a Prefeitura chamasse a tropa de choque da PM para expulsar os garimpeiros de Itabira e os vindos de fora. Zé Maurício, prefeito da época, não concordou. Afinal, argumentou, ali era uma frente de trabalho que amenizava a vida de muita gente desempregada.

Em meio aos adultos, crianças garimpam com baldes e canecos

E vieram os conflitos entre os garimpeiros e os violentos vigilantes da Vale. Em passeata de protesto, depois do garimpeiro José Doroteia Barbosa ter sido covardemente atingido por um balaço disparado por um segurança da Vale, garimpeiros se dirigiram à Prefeitura, que era no bairro Pará, exigindo providências e punição do culpado pelo tiro contra o garimpeiro. Ainda não se sabia se Doroteia sobreviveria, temia-se pela sua morte. Felizmente, ele se salvou.

Mas o certo foi que o clima ficou cada vez mais se acirrando no garimpo, mesmo tento a Vale recuado, depois da passeata e do tiro contra o Doroteia. Pesou também o fato de parte da opinião pública, que antes via o garimpo como um perigo (furtos e roubos pipocavam na cidade, principalmente na região próxima, outros aventureiros aproveitavam da situação), virar-se contra a Vale.

E o garimpo prosseguiu. A grota do Minervino virou uma serra Pelada, onde pululavam milhares de garimpeiros desempregados, onde faltava de tudo em termos de saneamento, condições de trabalho, segurança.

“As precárias condições de trabalho, o esgoto que vem das instalações da Vale do Rio Doce, a insalubridade ocasionada pela soda cáustica e outros produtos químicos, além da própria aglomeração de milhares de pessoas, já têm ocasionado inúmeras doenças, dentre elas a pneumonia”, relatou ao Cometa a garimpeira Ana Cristina do Porto, que prossegue em sua narração. “Têm garimpeiros que estão nas barracas precisando trabalhar e não podem sair, pois estão com os pés inchados, não podem nem mesmo se levantar. E para não morrerem de forme, estamos dividindo nosso rango com eles.”

A Vale, em nome da defesa da propriedade, delimitou a área onde os garimpeiros poderiam continuar faiscando as migalhas de ouro. Só podiam ficar na grota, onde o ouro escasseava. Os garimpeiros reivindicavam uma área mais ampla no Pontal. Mas a Vale os confinou em uma pequena área.

A tensão foi aumentando. A Vale insistia para o prefeito chamar a tropa de choque da PM para acabar de vez com o garimpo. Em vão. Zé Maurício resistia, no que fez muito bem. Até que o tiro do vigilante da Vale, que quase matou o garimpeiro, saiu para a culatra. E o “tiro” veio de onde menos se esperava. Ou esperava? E foi um petardo.

Chove ouro no Pontal 

As bateias vão chegando e os garimpeiros de Itabira aprendem a batear

Carlos Drummond de Andrade, sempre antenado ao seu tempo presente, e que acompanhava as notícias de sua cidade natal pelas páginas de O Cometa, “valente jornal de Itabira”, tornou o affair entre os garimpeiros e a Vale em matéria-prima para uma bem-humorada, e comprometida, crônica publicada em sua coluna no vetusto Jornal do Brasil, em 22 de outubro de 1983, com o título Chove ouro em Itabira.

“Chegam de Itabira notícias brilhantes”, assim o nosso vate iniciou a sua crônica. “Começou a chover ouro nos arredores dessa cidade mineira. O fato é testemunhado por uma viúva de 58 anos, pobre entre pobres, que tenta recolher um pouco dessa chuva, de 5 da manhã a 6 da tarde. E não só ela o tenta. Milhares de homens, mulheres e crianças fazem o mesmo, confirmando a frase da viúva: ’Esse ouro caiu do céu’.”

Carlos, nosso conterrâneo mais ilustre, que nunca se esqueceu de lembrar de sua terra natal, nessa crônica versou com perspicácia sobre o que ocorria na grota do Minervino. Era como se ele estivesse por aqui, saído a galope da fazenda do Pontal, sobrepujando-se ao fino que soterrou a fazenda paterna, para ver o que acontecia na vizinha grota do Minervino. E o cronista prossegue, explicando e narrando para o Brasil e para o mundo o que via por lá:

“Para os pobres, tudo que é bom cai do céu; o resto fica por conta da falta de sorte, ou do Diabo. Na verdade, o ouro de Itabira não baixou das nuvens; simplesmente vem incrustado no rejeito de ferro explorado por uma grande estatal, a Companhia Vale do Rio Doce. A empresa sabia do ouro e estudara a fundo a possibilidade de explorá-lo economicamente. Concluiu que não era rentável, e deixou-o rolar serra abaixo, depois de montar uma usina destinada a elevar o teor ferrífero do itabirito, última reserva de minério a substituir a hematita exaurida.”

“E manda-se progressivamente para Carajás, legando a Itabira o espetacular vazio de sua paisagem e umas migalhas de ouro (cerca de 50 miligramas por tonelada de rejeito). Já não é grande empregadora, e sim empresa cautelosa que se retira, em busca de paragens mais rendosas.”

Êpa, note-se que Drummond está falando do tempo do garimpo em 1983. Ou será de agora, do tempo presente, este que vivemos pós relatório Form20, aquele documento que a Vale apresentou no início do ano à Bolsa de Nova Iorque, dizendo que Itabira só teria mais dez anos de mineração?

Como Tutú Caramujo, o poeta cisma a derrota incomparável, pois sabia de tudo o que se passava desde ontem e sempre nesta Itabira que já foi do Mato Dentro, atento ao que se passava na cidade pelas páginas do jornal itabirano.

“Leio que a Vale do Rio Doce apelou para a Prefeitura e a delegacia de polícia, a fim de evitar os graves riscos de um trabalho que afeta a segurança da comunidade, pelas implicações de desordem e ameaças à saúde, que podem resultar do ajuntamento promíscuo. Acho infundado esse receio. A Vale do Rio Doce é próspera e pode se dar ao luxo de deixar à gente humilde aquilo que não lhe interessa”, propôs Drummond nas páginas do JB.

As condições de trabalho eram insalubres, em meio a lama de minério rejeitada pela Vale

Para o cronista itabirano, a mineradora “em vez de manifestar temores, devia procurar as autoridades e comunicar-lhes”:

“- Em rala compensação pelo que tiramos do município, em 41 anos (a crônica é de 1983) de sucção da sua riqueza, vamos ajudar os garimpeiros! Vamos dar-lhes assistência sanitária e um servicinho de prevenção de acidentes, e facilitar-lhes a sindicalização!”

“A egrégia Câmara Municipal, comovida com esse rasgo de generosidade, baterá palmas:

– Bravos! Muito bem! Até que enfim, ilustre Companhia, a senhora se lembrou de dar alguma coisa, em vez de tirar da gente!”

E assim, o nosso poeta traça um retrato exato do que acontecia, ou que deveria ocorrer no garimpo, não fosse a mentalidade tacanha predominante, essa mesma que ainda vigora de nada deixar para os hipossuficientes, aqueles que nada têm, para os quais só sobram migalhas, se tanto.

Na esperança de que algo pudesse ser feito em benefício dos garimpeiros, Drummond conclui a sua crônica: “Chove ouro no Pontal. Chuvinha fina, mal dá para molhar, mas consola muita gente. Deus a conserve, e se não implicarem com ela, tanto melhor.”

Derrota incomparável

O garimpo virou um formigueiro humano

Hoje, já não chove mais ouro em Itabira. Só poeira de minério em suspensão poluindo o ar e as nossas vias respiratórias. E se nada for feito para reverter a derrota incomparável, haverá um dia em que, lamentavelmente, sentiremos falta dessa chuva que não é de ouro, mas do fino de minério.

Como cidade garimpeira, o comércio em Itabira respirou um certo alívio com o surgimento dessa riqueza no Pontal, vendendo para as pessoas que persistiram por muitos anos no garimpo (mais de dez anos, com alguns minguados garimpeiros ainda hoje bateando nas redondezas).

O garimpo, seja de aluvião, como foi na grota do Minervino, ou em escala industrial, como é praticado pela Vale, tem o seu lado bom e mau. E foi com o garimpo, com toda essa herança atávica, que se formou a cidade de Itabira.

Foi assim que, com o cerceamento do garimpo no Pontal, com a Vale restringindo cada vez mais a área onde o garimpo era permitido – e sem atender ao apelo de Drummond de se criar no local as condições mínimas de trabalho digno, nessas condições, não restaram aos garimpeiros invadir as instalações da CVRD, onde sabiam ainda haver muito do vil metal. E vieram mais pancadarias, conflitos entre garimpeiros e seguranças da Vale, com mortes dos dois lados.

Curiangos

Acontecia também de garimpeiros serem presos nas instalações da CVRD com algum ouro recolhido nos carpetes. E por lá, dizem as boas e as más-línguas, o ouro escafedia, ninguém sabe, ninguém viu para onde ia. Ou se aparecia, era o mínimo, muito aquém do que havia sido aprendido com o pobre “curiango”.

E sempre havia a esperança, nunca realizada, pelo menos para a maioria, de enriquecer

Com o passar do tempo, muito tempo, e com a decisão da justiça local, os garimpeiros foram expulsos da barragem do Pontal e a frente de trabalho improvisada na grota do Minervino acabou extinta.

Já não chove ouro no Pontal como naquela época, mas sabe-se que ainda há muito ouro incrustado no itabirito – e na barragem do Pontal. O rejeito, já anunciou a Vale, começa a ser retirado para ser concentrado, mesmo tendo teor de 24% de ferro. Será aglomerado e seguirá não tanto para o Japão, mas preferencialmente para a China.

E o ouro, Vale? Vai ficar só no nariz do itabirano, inacessível a nós, hipossuficientes, que tivemos gados e fazendas, hoje nada irá nos restar?

Na barragem do Pontal, em algumas localidades, chega a ter 30 metros de altura, Após novos estudos, depois desses mais de trinta anos, chegaram à conclusão que lá é uma grande reserva de minério.

E o ouro que é só da Vale, o metal que está bem lá no fundo, uma vez que mais pesado, sedimenta-se no fundo do vale.

São milhões e milhões de toneladas de rejeito de minério. E se nesse volume todo tiver 50 miligramas de ouro por tonelada de rejeito, e se a Vale nada tiver para fazer com ele, que faça chover ouro novamente no Pontal. Deixa que a gente garimpa.

 

 

 

Posts Similares

15 Comentários

  1. parabéns por tão informativa e histórica reportagem, conhecimento para esta nova geração e para os forasteriros e itabiranos de coração que chegaram pós garimpo da grota do Minervino.

    1. Então, meu amigo.
      Essa crónica foi redigida inicialmente a pedido de um amigo para um trabalho escolar da filha.
      O primeiro texto saiu mais curto devido à urgência da entrega.
      Engraçado notar que quase nada tem na net a respeito desse acontecimento em Itabira.
      Fica o registro para os novos terem um pouco mais de conhecimento da nossa terra que até mesmo surgiu em função da exploração do ouro, isso lá nos primórdios de 1705.

  2. Lindo texto,Mauro e muito consistente! Parabéns!
    Lembro- me que na época do garimpo, eu trabalhava com uma turma de 7a série,alunos acima da faixa etária comum que era de 13,14 anos. Esses já haviam repetido ano e muitos estavam garimpando depois da aula. Assim que vi a crônica, levei o jornal à sala de aula e antes de ler, só falei que era sobre o garimpo.Quando terminei eles aplaudiram;aí contei que fora Drummond quem havia escrito.Eles perguntaram:
    _ Mas como que ele pode estar sentindo lá longe o que a gente sente agora aqui em Itabira? Que legal! Que máximo!”
    Até escrevi para Drummond contando sobre esse reconhecimento.Foi um momento muito gratificante a leitura da crônica naquele contexto.

    1. Muito grato pela leitura, Professora Leda.
      Sempre terei de agradecer-lhe a paciência que tinha com os alunos, a dedicação e a boa maneira de nos transmitir o gosto pela leitura.
      Também o cuidado em ler nossas redações e fazer os bons comentários a fim de que pudéssemos evoluir na escrita.
      Poderia dizer, então, que fica esta crónica uma homenagem a esta minha Professora .

      1. Nossa, que lindo! Me emocionei com essa homenagem! Gratidão!Fico muito tranquila e feliz por ver que aquela dedicação foi um “empurrãozinho” só pra despertar um potencial que estava vivo lá dentro! Abraço

    1. Grato pela leitura, e isto dessa mineração aqui lembra muito as minas de carvão e volfrâmio aí em Portugal.
      Quem está nas barras da mineração, como dizemos aqui, sofre igual a “sovaco de aleijado”.

      Boa semana aos de Belmonte e Guarda,
      Mauro

  3. Me recordei das ruas do Campestre entupidas de garimpeiros do Brasil inteiro alugando até garagens de veículos e alpendres das casas.
    Barracas de lonas a beira das ruas e estradas/becos.
    Momentos de fatura e fartura do comercio.

    1. Foi um breve suspiro à cidade e o trauma que sofria com a liquidação da mina do Cauê e transferência de muitos para o Carajás.
      Grato pela leitura, meu amigo.

  4. Na época pipocaram garimpos diversos na região. Garimpo de esmeraldas em Capoeirana, e garimpo de Alexandrita em Hematita, águas marinhas em Santa Maria de Itabira. Fui em todos e fiz vários registros fotográficos destes momentos históricos. Lembro-me também de um Colar de esmeraldas dadas a um certo Ministro, tendo o Jornal que publicara a matéria sido enquadrado na Lei de Segurança Nacional, mas isto são outras histórias. Nas minhas idas e vindas a estes garimpos, sofri ameaças e tive uma escopeta apontada para o meu peito. Com calma e transparência contornei a situação com uma explicação lógica sobre a minha atividade. Uma Carteira de Reporter Fotografico. Tempos bons, nunca fui garimpeiro, mas a técnica rudimentar sempre me fascinou e que proporcionou um registro histórico imenso. Parabéns ao Mauro e a Vila de Utopia pelo registro.

    1. Olá, Eduardo.

      Nós é que agradecemos a sua contribuição com tão belo registro deste momento incomum de nossa Itabira, que na época sofria com as agruras de falta de empregos.
      Belo trabalho e dia desses iremos aproveitar mais as fotografias desse seu périplo pelos garimpos da região.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *